É impressionante o número de igrejas que se multiplicam a cada dia.
Não são iniciadas pela paixão pelas ovelhas, mas a cobiça de suas lãs.
Não são abrigos das almas aflitas para ajudá-las em suas necessidades, mas são currais eleitorais.
Não são lugares de liberdade em Cristo onde as pessoas se sintam as mais libertas do mundo, mas prisões do medo, do castigo divino e das maluquices doutrinárias.
Na maioria das vezes surge com um sujeito carismático, problemático em sua igreja de origem, em geral não bem sucedido em sua vida financeira, que vê a oportunidade de mudar de vida, ganhar respeito e honra de seus futuros liderados e dinheiro para viver melhor que qualquer uma de suas ovelhas.
Depois se espelham em ‘negócios’ bem sucedidos, e os imitam: rosa ungida, oração forte, campanhas, sacrifícios e todas as maluquices e esquisitices neopentecostais.
Sem esquecer é claro, da mais importante das doutrinas: a do dízimo.
Pronto: temos mais uma ‘igreja’, mais um alçapão de almas, mais um curral eleitoral, mais um grupo de cabestro.
Fazem campanhas para arrebanhar mais e mais seguidores, pois mais gente significa mais dinheiro e com mais dinheiro consegue-se recursos para agariar mais seguidores que significa mais dinheiro...
Um grande aliado nessa hora é o diabo e sua trupe. Ficar expulsando os espíritos, dos fiéis, que são incitados (ou pagos?) para entrar em transe, é de muita valia para impressionar.
Colocam programas na TV, e imploram que as pessoas contribuam com a ‘obra de Deus’. Engraçado: eles ‘bolam’ as artimanhas, os estratagemas, as denominam de ‘obra de Deus’ e você é que tem que pagar por isso.
É um bom negócio: o cara entra com a ‘cara, a coragem e o blá-blá-blá’ e você entra com dinheiro!
Essa é a verdadeira teologia da prosperidade – deles!
Com um bom dinheiro em caixa, até dá pra criar uma fundação, uma escola, pra dar uma sacramentada na questão da responsabilidade social, e um pano de fundo de seriedade a tudo.
Quem sabe no futuro pode até comprar uma rede de televisão com o dinheiro dos dízimos e ofertas, e fazê-la concorrer com a maior rede de tv do país, contratando artistas dessa última à peso de ouro, pagos com o mesmo dízimo e ofertas das ovelhas, fazendo um exécito de influência para modificar a opinião pública a seu favor. E Jesus? Que Jesus? Jesus se quiser que fale na madrugada, a madrugada que poderá ser utilizada para superfaturar o horário e despejar legalmente os dízimos e ofertas na TV. Pode-se até inaugurar grandes empreendimentos da industria do entretenimento e convidar quem sabe...o Lula para inauguração! Jesus ninguém iria ver mesmo...
É triste, mas alguém duvida que isso possa acontecer? Espero não estar profetizando.
Atenção: Isso foi escrito num momento de minha inspiração e meditação, qualquer semelhança com a vida real é pura coincidência.
Moisés Almeida