e não uma mudança real da sociedade pela Palavra.
Moises Almeida
Teologia, Doutrina, Textos de vários autores, Igreja, Estudos Biblicos,Textos bíblicos inteligentes, Pastoral,Poesia, Comentários. UM BLOG PARA QUEM NÃO TEM MEDO DE PENSAR! Contato: moisesrivele@gmail.com.br
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terça-feira
O Pastor, a cerveja, a agulha e o camelo
e não uma mudança real da sociedade pela Palavra.
A Evangelização e o Palhaço de Kierkegaad
quarta-feira
ATAQUE TERRORISTA NA FRANÇA - A FALTA DE AMOR
Acabo de ler nesta manhã as notícias sobre o atentado na França contra a redação de uma revista que publicou charge de Maomé provocando reações de extremistas islâmicos. Agora eles voltaram para ‘vingar o profeta’, e matam doze pessoas. O zelo pela religião os fazem cometer crimes em nome de ‘deus’.
Lógico que esta não é a postura dos islâmicos, e sim de grupos radicais que usam a religião islâmica ou na verdade distorções dela, para justificar sua guerra santa, defendendo a sua causa particular. Mas nos leva a refletir como o fanatismo religioso pode levar a matar e a morrer em nome de Deus.
Ainda hoje dezenas e dezenas de cristãos são mortos por pregarem ou apenas professarem sua fé em Jesus em países com ditadura teocrática. A elite abarrotada de petrodólares e a grande massa pobre, iletrada e oprimida gerando milhares de suicidas religiosos que acreditam encontrar na morte um lugar repleto de felicidade que não puderam encontrar em vida.
Saulo de Tarso, achando defendia a causa de Deus perseguia os cristãos sendo temido por todos que seguiam Jesus, até que no caminho de Damasco se encontrou com o Eterno. Achando que fazia o bem na verdade estava fazendo o mal: “Saulo, Saulo, porque me persegues?” disse Jesus, que o transformaria em Paulo e no grande propagador do evangelho traduzindo a mensagem de Jesus para o cotidiano dos cristãos de todas as gerações depois dele.
Nunca de mata em nome do diabo. Sempre em nome de Deus. Foi assim que nós cristãos matamos nas cruzadas a fim de libertar Jerusalém, matamos na inquisição eliminando os infiéis... É, nós cristãos já tivemos nossa cota de justiceiros de Deus defendendo o reino dos céus! Isso para mostrar que não importa de que lado essa consciência (ou inconsciência) brote, o caminho é sempre o mesmo – intolerância, violência e morte!
Jesus sempre pregou a misericórdia e o amor. João o apóstolo do amor nos exorta a ‘amar uns outros como Cristo nos amou’, mas houve um momento em sua vida quando entraram na aldeia dos samaritanos que não receberam Jesus, perguntou se o mestre permitiria que eles orassem para que descesse fogo do céu para consumir a todos! Era o zelo do amor por Jesus! Como rejeitar Jesus? Esse pessoal merece a morte! Jesus repreende-o : “vós não sabeis de que espírito sois, pois o Filho do Homem não veio para destruir as vidas dos homens mas para salvá-las!”
O amor é tudo. É a resposta. Jesus disse que por se multiplicar a iniquidade o amor esfriaria. Está gélido, pálido, esquecido, mortificado. Paulo nos exorta que ‘ainda que falássemos a língua dos homens e dos anjos, ainda que déssemos todos nossos bens aos pobres, ainda que tivéssemos toda sabedoria e ciência, ainda que tivéssemos toda fé que pudéssemos mover montanhas de um lado pra outro, ainda que entregássemos nossos corpos para serem queimados em favor de alguém, mas se não tivéssemos amor...nada adiantaria! O amor é paciente, é benigno, não é invejoso, não se irrita, tudo crê, tudo suporta, tudo espera. Quem ama conhece a Deus porque Deus é amor. Mas quem não ama não conhece a Deus, embora possa conhecer muito de teologia!
terça-feira
A BÍBLIA CONTRA A PALAVRA DE DEUS
Foi-se o tempo em que a Bíblia foi um livro difícil de ser encontrado, caro ou que se eram condenados por lê-la (exceto hoje em alguns países muçulmanos). Em alguns momentos da história foi queimada em praça pública. No período medieval ninguém podia ler senão os sacerdotes católicos e a citavam em latim para total incompreensão dos fiéis.
A reforma protestante nos trouxe a benção de ler e interpretar as escrituras, antes limitadas ao clero. Lutero traduziu a Bíblia para o alemão e defendia o livre exame. Foi sem dúvida um marco no cristianismo.
Hoje se pode comprar uma bíblia por menos de cinco reais numa banca de livros ou livraria evangélica, outras estão disponíveis em vários sabores teológicos e temáticas: Bíblia da mulher, Bíblia do jovem, Bíblia pentecostal, Bíblia Thompson, Bíblia Scofield, Bíblia da Prosperidade, Bíblia da Mulher que Ora, Bíblia da Garota de Fé, Bíblia da Pregadora, Bíblia Desafio de todo homem, Bíblia entre mulheres e Deus, Bíblia do Papai, Bíblia Joyce Meyer, Bíblia Mulher tu estais Livre, Bíblia do adolescente, Bíblia Círculo de Oração, Biblia Shedd, Bíblia Plenitude, Bíblia Devocional do Casal, Bíblia da Mulher Vitoriosa, Bíblia da Mamãe, Bíblia do Semeador, Bíblia Sagrada ente Meninas e Deus, Bíblia Missionária, Bíblia Dake, Bíblia da Família, Bíblia do Garoto Radical, Bíblia em Ação, etc. Misturei aqui Bíblias temáticas e Bíblias de estudo propositalmente.
Toda liberdade vem com um peso de responsabilidade. Há tantas interpretações, ideologias, doutrinas, dogmas e fantasias, que quem está fora desse eixo evangélico se pergunta quem está certo nesse mar de verborragia sagrada.
Na verdade se usa a Bíblia para negar e subverter a Palavra de Deus!
Nela há os que defendam a teologia da prosperidade, da ganância e do poder. Nela já se usou argumentos que favoreciam a escravatura. Nela se força ‘verdades incontestáveis ditas pelo anjo-pastor-bispo-apóstolo’ para subjugar mentes às prisões doutrinárias, das mais refinadas às mais malucas. Se proíbe bigode, cabelo curto, cabelo longo, cor vermelha, andar de bicicleta (sim amados, isso está no estatuto de uma grande igreja brasileira), cinema, praia, teatro, tv, se prega batismo por imersão, aspersão, se defende calvinismo e arminianismo, (epa! O dízimo parece que é tema pacífico), se usam versículos isolados para deflagrar campanhas de arrecadação, em especial todas no velho testamento, desafiando a fé das pessoas para materializarem-se em notas de cem e de cinquenta reais. E por aí se vai ladeira abaixo. Muito lixo produzido em solo sagrado (o que se plantar cresce – quem lê entenda)
Só sei que prefiro ler os evangelhos da forma que estão sem nenhum rodapé pra me explicar, deixar a palavra entrar e penetrar no âmago do ser. Prefiro ouvir, andar e sentir conforme penso que Jesus faria. Acredito que a chave está em ‘discernir o que Jesus faria’: cumpriria a lei de mandar matar adúltera ou a livraria com amor? Curaria no sábado mandando que o curado levasse sua cama ou deixaria sem curar para cumprir o mandamento recheado de tradições? Abominaria Madalena ou agregaria ao seu rebanho? Entraria na casa de Zaque o ladrão cobrador de impostos ou manteria a aparência para não ser mal interpretado? Curaria o servo do centurião romano, representante de toda opressão política ou o deixaria morrer? Contentar-se-ia em dar a Palavra e não serviria o estômago, ou se compadeceria provendo de comer a multidão? Perdoaria Pedro pela negação lhe tornado coluna da Igreja, ou o disciplinaria para sempre para o banco de reserva da Igreja?
Não importa o número de versículo bíblico se junte para tentar firmar uma doutrina, o importante é enxergar se Jesus olharia para isso com aprovação, se amor dele nos alcança, se sua paz nos invade.
Do contrário estaremos como Saulo, que lia a Torá e achava que lutando contra os cristãos estava fazendo a vontade de Deus. Às vezes usamos as coisas de Deus para lutar contra a vontade dele! Achando que estamos fazendo a obra de Deus, mas estamos colaborando com os inimigos da cruz!
A chave para interpretar a escritura como Palavra de Deus é Cristo. Cristo como Chave hermenêutica.
Do contrário, a Bíblia é apenas um livro, manipulável, frio, sem conexão com a vida. Não somos o povo da Bíblia, somos o povo da Palavra. Há quem encontre a Palavra na Bíblia, mas há quem encontre apenas uma ‘coleção de livros pequenos’.
Os magos do oriente vieram de longe sem conhecimento da lei, apenas viram o sinal, creram, seguiram e adoraram. Já o povo da lei, que aguardava o cumprimento da promessa, que orava pela redenção do seu povo, não o conheceu nem o recebeu!
Publicanos e meretrizes entram adiante de vós no reino de Deus...
Moisés Almeida
segunda-feira
A VOLTA DE JESUS E A TEOLOGIA DA PROSPERIDADE
domingo
Desigrejados - Nova Onda?
Parece contraditório que com o propósito de salvar a sanidade mental e os princípios dos ensinamentos cristãos, se tenha muitas vezes que abandonar a igreja institucional.
Na contra-mão da europa onde igrejas tem sido vendidas para se tornarem mini shoppings e danceterias, a igreja evangélica brasileira tem crescido mas carente de identidade e conteúdo cristão.
Passar a vida inteira num ambiente castrador da liberdade individual sob a desculpa da 'sã doutrina' que na verdade é o legalismo em trajes escriturísticos por meio de interpretações míopes, assistir disputas internas pelo poder de cargos e posições eclesiásticas, ver as negociatas políticas de apoio ou lançamento de políticos em nome da defesa da Palavra, quando na verdade é a abrangência do território\área de poder, tornam o ambiente religioso evangélico pouco atrativo para alguém medianamente normal.
Ao mesmo tempo que devemos manter nossa união, irmandade, comunhão, não é possível viver submetidos à tirania espiritual.
O que faremos pois?
Ora, vamos nos reunir, orar, compartilhar, cantar, conversar, comungar, do mesmo jeito que sempre fizemos tendo em mente o seguinte:
1 - A igreja (com 'i' minúsculo) é e sempre será imperfeita e manipuladora
2 - Ainda assim precisamos estar irmanados e edificando-nos uns aos outros
3 - Ter a certeza que igreja não salva, pastor não salva, ritos não salvam, a salvação vem de Cristo.
4 - Saber que igreja não é Deus e Deus não é igreja, logo se afastar da igreja não é o mesmo que se afastar de Deus, só se afasta de Deus quem se afasta da Igreja (com 'I' maiúsculo - Igreja invisível e comprada pelo Sangue do Cordeiro)
5 - A obediência ao pastor, padre, sacerdote, apóstolo, paipóstolo, bispo, ancião, vai até o cumprimento daquilo que a Palavra testifica como verdade. Passou disso é loucura e submissão opressora.
6 - Não existe essa onda de 'estar sob a cobertura do pastor fulano', estamos sobre a cobertura de Cristo!
Sabendo disso, dá pra ficar e sossegar o coração.
Mas se mesmo assim não puder...ser desigrejado não é o mesmo que ser órfão de Deus, Deus não morreu, Ele está vivo!
NEle, em quem Abraão creu e isto lhe foi imputado como justiça, mesmo quando não havia evangélicos.
Moisés Almeida
segunda-feira
VOCÊ ESTÁ DESVIADO?
Texto de Caio Fábio.
O Caminho de Deus em nós vai do pesado para o essencial. Vai da total dependência a outros até que se chegue apenas à total dependência de Deus!
Nascemos e somos completamente dependentes de cuidados de outros. Nossos pais e ou nossos guardiões nos são essenciais. Sem eles não sobrevivemos. No entanto, chega a hora em que ficarmos menos e menos dependente dele será a nossa saúde e salvação nesta existência. Enquanto moramos com eles ou somos por eles sustentados, temos que lhes ser dependentes, pelo menos no que diz respeito às decisões que pretendemos tomar na vida. Entretanto, vem a hora quando a saúde de ser nos compele a vivermos de nosso próprio sustento, e, além disso, impõem-se a necessidade de termos nossa própria casa e família. Então, deixamos pai e mãe, nos unimos a um outro, e fazemo-nos com ele ou ela uma só carne.
Com Deus é assim também. No início precisamos de muitos ajudadores espirituais. Sem eles somos como recém-nascidos indefesos neste mundo. Necessitamos que nos sirvam o genuíno leite espiritual. Chega a hora, todavia, que se espera que cada um cresça o suficiente para não mais dependermos de outros, mas apenas os reconhecermos como família espiritual, embora nossa vida seja vivida para além da necessidade de que outros nos sirvam. De fato, instala-se em nós outra a necessidade, que é a de servi-los.
Na viagem espiritual nascemos de Deus, mas precisamos muitos dos nossos guias e ajudadores na fé. Depois, no entanto, se espera que cada um cresça a fim de andar com as próprias pernas como resultado de nosso vínculo adulto com Deus na fé.
Daí em diante nossa relação com nossos pais espirituais passa a ser de carinho, gratidão e reverencia, mas já não de dependência. O mesmo se diz dos demais irmãos. Sim, os amamos e gostamos de com eles estar, mas já não por dependência. Surge apenas a alegria de amá-los e de servi-los. Todavia, já não necessitamos de ninguém para que sobrevivamos, talvez, exceto, no meio de uma grande crise ou calamidade. Espera-se que cada um aprenda a cuidar de si mesmo e de outros. E também espera-se que tenha na maturidade de seu casamento com Deus a sua própria segurança no caminhar.
Esse é o caminho para a maturidade tanto humana quanto espiritual!
Todavia, na maioria dos casos não é assim. E a razão é que “nossos pais”, no caso a “igreja”, nos “educam” para que j amais tenhamos tal autodeterminação em Deus. Desse modo, não somos educados para a vida, mas para a “igreja”. Daí a “igreja” criar eternos dependentes de si mesma, visto que pretende que seus “filhos” vivam sob suas asas; e mais: que a sirvam como filhos/escravos até ao fim da vida.
Seria e é [...] como se cada crente fosse e seja [...] como um adulto na idade, mas que vive com a atitude emocional de um bebê. Nesse caso, se qualquer coisa acontece [e acontece o tempo todo], a pessoa morre; posto que nunca aprendeu a viver de Deus e com Deus!
A “igreja” não quer que seus filhos se tornem adultos filhos de Deus!
Na realidade, a “igreja” cria filhos para ela mesma, não para Deus e nem para a vida. E, por esta razão, os filhos da “igreja” têm nela o seu “Deus”; e, nesse caso, jamais crescem para deixar pai e mãe, quando a idade chega, a fim de viver a vida com outra consciência.
É também por esta razão que os “crentes” vivem sem Deus no mundo o tempo todo; posto que a “igreja” [ou mesmo a Igreja], não seja Deus, mas apenas a família da fé.
Por esta razão, quando alguém se decepciona com “a família”, desvia-se de Deus; posto que para o crente a “igreja” é um “Deus”. É também por esta razão que todo crente que não esteja na “igreja” [por qualquer que seja a razão], sente-se desviado de Deus, além de que se declara que ele está de fato “afastado de Deus” em razão de não estar frequentando as reuniões “de família”, ainda que “família” seja louca ou totalmente tirânica e adoecida.
A verdadeira Igreja tem que ser como pais bons e conscientes que criam filhos para a vida em Deus!
Mas, infelizmente, não é assim na maioria dos casos. Afinal, o Cristianismo, em qualquer de suas versões, é Católico/Constantiniano, posto que ensine que “fora da igreja não há salvação”.
O problema é que muitos não têm essa compreensão, e, quando enxergam as “loucuras da família” afastam-se do convívio humano adoecido, não buscam mais nenhuma outra comunhão humana, e, no processo sentem-se separados de Deus para sempre!
Cada um de nós precisa de comunhão humana, tanto quanto se precisa de vínculos familiares. No entanto, mesmo que os nossos pais nos abandonem ou nos traiam, diz o Senhor: “Eu te acolherei!”
Mais uma coisa: todos os que assim discernem a vida em Deus, nunca ficam órfãos de irmãos!
Pense nisso, cresça e deixe a sua orfandade!
Nosso Pai tem muitos filhos!
Nele, que nunca nos deixa órfãos,
Caio
quinta-feira
Homossexuais na Igreja ?
A igreja não admite a existência (e convivência) com homossexuais. Nem pensar!
Mas o fato é que, a realidade é mais forte do que se imagina.
Existem homossexuais cristãos evangélicos!
Não estou falando da igreja gay. Estou falando da sua igreja!
Choquei alguém? Virei herege? Calma.
Antes que acendam a fogueira, deixem-me explicar. Não quero ser mártir de nada.
A igreja prega que a pessoa que aceita a Jesus tem a vida transformada, é uma nova criatura e portanto, toda velha natureza morreu, e... Bem, temos aquele cara, vamos chamá-lo de João, que era um mulherengo desregrado, não deixava passar nada, e agora, cansado dessa vida, João ouve falar do evangelho e ‘aceita’ Jesus (conforme o modelo evangélico: levanta a mão, vai à frente, recebe uma oração e pimba! Está salvo!).
Daí em diante, esse João é outra pessoa. Não tem mais aquela vida de orgia, não bebe mais, não fuma mais, agora cuida mais dos filhos, ganhou respeito da família e da comunidade, e incluisve já é cotado para assumir alguma posição na igreja.
Acontece que, em dado momento da vida, João percebe que certos desejos às vezes afloram. Desejos que, conforme ele aprendeu, deviam estar mortos, sepultados. Mas vez ou outra ele se perde em seus pensamentos.
Às vezes até na igreja, ao ver aquelas jovens lindas entrando na igreja com suas roupas cada vez mais ligadas ao corpo, mostando suas silhuetas e ele começa a se incomodar com aquilo. Não consegue evitar os pensamentos, mas se entristece com o fato deles ainda existirem.
Tem dia que se uma mulher nua aparecer na frente dele, ele a repreenderá em nome de Jesus. Mas tem dia...que se uma mulher vier vestida com roupa de astronauta, só de olhar pro rostinho dela de dentro da máscara espacial, dá pra imaginar o corpão que ela tem!
Então, pensa logo que é uma fraude, uma mentira. Talvez não tenha sido tão ‘iluminado’ assim. Talvez lhe falta alguma coisa. Pensa até em parar na caminhada. Assumir de vez que é um pecador, e que não conseguiu vencer os desejos.
Cansado, João procura um irmão amigo, e lhe confessa suas culpas, que lhe consumam por dentro. Aqueles desejos inconfessáveis estão agora sendo expurgados, vomitados. Ele precisava se aliviar, como quem quer ir ao banheiro.
O Irmão o ouve e depois, lhe diz o que de fato está acontecendo.
O irmão lhe diz que: Ele tem pulsões carnais, fruto de sua concupisciência, e todos tem suas pulsões, fruto de suas próprias concupisciências, que nos tentam, nos desafiam, nos fazem perceber quem de fato somos.
O que João sente é o que todo mundo sente, cada um na sua, ‘cada qual no seu canto e em cada canto uma dor’.
Esses pensamentos acometem a todos: inveja, ódio, luxúria, mentira, dissenssões, iras, pelejas, disputas, ciúmes, e tudo o que habita no coração do homem ‘ de onde procede todo mal’. O fato de ter ‘aceitado Jesus’ não o faz perder sua humanidade, nem deixar de ter a aguilhão do pecado e da concupisciência ferroando a alma. O espinho na carne. Crer em Jesus, lhe faz saber e conviver com isso, submetendo cada vez mais meu corpo e meus desejos à vontade de Deus, e que cada vez que me encho de oração e da Palavra, essas coisas terão menos poder sobre mim, embora ainda existam em mim. De outra sorte, se me encho de pensamentos impuros, leitura erótica, sites pornográficos, inveja da prosperidade alheia, ódio e ciúme desmedido, estarei inflando e ressuscitando essa múmia que repousa no sarcófago de sua alma.
João ouve o irmão falar-lhe sobre essas coisas e volta feliz pra casa ao saber que não está sozinho nessa jornada. Que irmãos em toda terra passam por problemas menores, iguais e maiores que o dele. E que Deus o ama assim como ele é, pra fazê-lo sempre melhor.
A história de João, nosso personagem fictício, não é fictícia. É a história de muitos Joões e Joanas, gente que lê esse blog, frequenta os cultos de sua igreja, faz sermões maravilhosos, cantam hinos lindos, mas, quando estão sozinhos consigo mesmos, enfrentam suas interrogações, seus pecados interiores e inconfessáveis.
Bem, mas o que isso tem haver com o tema proposto? Explico.
Pecado é pecado. Não estou aqui pra justificar ou despecaminar nada que a Bíblia chame pelo nome de Pecado. Mas não posso fazer diferença de pecado e pecado, em relação ao que Deus pensa sobre ele.
Homossexualismo é pecado. Mentira é pecado. Inveja é Pecado.
Mas quantos mentirosos você conhece e convive na sua igreja? E dos invejosos? E dos avarentos? E dos iracundos? (Galátas 3), porventura isso não é pecado? Sim, mas é um pecado ‘tolerável’, ‘permissível’. “...Fulano prega bem, mas só não acredite em tudo que ele conta, mas ele é uma benção...” foi o que ouvi de certo pregador.
Ora, a igreja seleciona os pecados que deseja punir e os que deseja tolerar.
Então você dirá: vamos então a caça às bruxas! Vamos excomungar todos os que tem esses sintomas. Stop!!!!....Então esvaziar-se-á as igrejas! “Se gritar pega ‘ladrão’...não ficar um, meu irmão!”
O que quero dizer é que, se olharmos para a Palavra, não há um justo, nenhum sequer. Leia o livro de Gálatas e veja se você escapa ileso.
Então não se salvará ninguém? Estamos todos perdidos? Não. É por isso que somos salvos pela graça! Não existe ninguém merecedor do céu. Não existe ninguém que agrade a Deus. Não. Somos salvos pela Graça!
Significa entã que posso pecar à vontade e estou salvo? Não! A graça não nos chama pra libertinagem, mas para a liberdade ( leia nesse bolg : LEGALISMO NA IGREJA EVANGÉLICA, sobre a graça)
Agora imagina que outro irmão, vamos chamá-lo de Léo, ao contrário de ser mulherengo fosse homossexual, com alguma ou nenhuma experiência sexual (muitos o são apenas np nivel da alma) E pela mesma experiência viesse até Jesus, e depois se encontrasse em conflito?
Se de vez em quando, logo após aquele culto maravilhoso que ele contou seu testemunho de que fora mudado por Deus, ( porque a igreja adora esse tipo de propaganda) , quando está sozinho sente uma pontada do passado ferroando sua alma?
Então Léo vai a um irmão, que logo, diz a ele que lhe falta transformação, que esse sentimento é motivado por forças malignas, que ele não está totalmente ‘liberto’, que o capeta o está atormentando.
Ora, qual a diferença entre pecado e pecado? Nenhum!
O que muda no máximo são as consequências imediatas de cada pecado. Nada mais. Mas o que fazemos? Escolhemos quais pecados condenar junto com a classe de pecadores que pecam esse tipo de pecado, e quais pecados tolerar com sua classe de pecadores mais digeríveis!.
Ah! Como somos hipócritas!
Existe gente de Deus, séria, salva em Jesus pela graça mediante a fé, que tem as mais variadas concupisciências que afloram nos momentos de fraqueza, e que não são menos merecedoras do céu do que você ou eu!
Não estou justificando o homossexualismo. Não. Jamais. Homossexualismo, como todos os ‘ismos’ desse mundo é uma tentativa fazer modelos, e nesse caso, de parecer normal e aceitável sua conduta repreensível.
Daí surge a PL 122 que tenta criminalizar quem pensa diferente deles. De jeito nenhum!
Eles procedam da forma que quizerem, mas não podem fazer calar quem pensa de forma diferente.
De igual modo repudio qualquer ‘igreja de homossexuais’, imagina depois uma ‘igreja de mentirosos’, ‘igreja de avarentos’?
Não dá pra ficar aglomerando as pessoas pelas sua concupisciências, que embora naturais quanto à carne, devem ser mortificadas no Espirito.
O que estou defendendo é que, existem milhares de irmãos e irmãs, sinceros, que padecem disso em nossas igrejas, e sofrem, por acharem que são os piores pecadores da terra! Que lutam, oram, jejuam e não conseguem se ‘libertar’ desse ‘mal’.
Agora pense nisso. Reflita e veja se não estou falando a realidade. Não busco aqui nesse espaço a unanimidade, jamais! Mas falo com minha consciência acerca do evangelho.
Mas qual a origem dessa inclinação? É o diabo? É a carne?
Ora, a natureza humana é caída.
Alguns cristãos se gabam por não padecer daquela ou desta concupisciência, como se a sua fosse melhor que a do outro. Parece brincadeira: “o meu pecado é melhor que o teu”. Somos todos pecadores e carecemos da graça de Deus!
Do pastor ao bebum, não se salva nenhum, sem a graça de Deus!
E Jesus disse que muitos ladrões e prostitutas estão entrando primeiro no reino, que muita gente com pedigree religioso!
Sei que muita gente vai arrumar mil argumentos para tentar negar o que digo aqui, e outros me danarão por dizer o que digo, (ainda bem que o céu não pertence a eles) porém, não estou aqui filosofando, estou partindo de uma simples e sofrida constatação.
É tão simples!
Estou aqui pra dizer pra essa gente boa de Deus o seguinte:
Continuem firmes, não se entreguem ao pecado, mas também não sofram e nem orem por isso, apenas creiam na Palavra, e saibam que assim como eu posso ser ‘tocado’ ao olhar uma mulher interessante, não sou melhor nem pior que vocês que sofrem com seus sentimentos.
Apenas submetam-se à Palavra. Mantenham a fé.
Lidem com a verdade, e consciência será aliviada.
Não pensem que não são libertos. Pois sob este ângulo que defendo aqui, ninguém o é!
Somos libertos quanto à escravidão do pecado e suas consequencias eternas.
Permaneçam na abstinência sexual ilícita.
Se solteiros não se casem a fim de ‘curar-se’.
Se casados, não padeçam sozinhos, como se ‘enganassem a quem vocês amam”, saibam, existem muitos iguais a vocês passando essas mesmas tribulações.
Cada um na sua, com suas concupisciências, somos todos iguais.
Não dá mais pra tapar o sol com a peneira! É a hora de trazer tudo à Luz !!!
Moisés Almeida
DECADÊNCIA
É impressionante o número de igrejas que se multiplicam a cada dia.
Não são iniciadas pela paixão pelas ovelhas, mas a cobiça de suas lãs.
Não são abrigos das almas aflitas para ajudá-las em suas necessidades, mas são currais eleitorais.
Não são lugares de liberdade em Cristo onde as pessoas se sintam as mais libertas do mundo, mas prisões do medo, do castigo divino e das maluquices doutrinárias.
Na maioria das vezes surge com um sujeito carismático, problemático em sua igreja de origem, em geral não bem sucedido em sua vida financeira, que vê a oportunidade de mudar de vida, ganhar respeito e honra de seus futuros liderados e dinheiro para viver melhor que qualquer uma de suas ovelhas.
Depois se espelham em ‘negócios’ bem sucedidos, e os imitam: rosa ungida, oração forte, campanhas, sacrifícios e todas as maluquices e esquisitices neopentecostais.
Sem esquecer é claro, da mais importante das doutrinas: a do dízimo.
Pronto: temos mais uma ‘igreja’, mais um alçapão de almas, mais um curral eleitoral, mais um grupo de cabestro.
Fazem campanhas para arrebanhar mais e mais seguidores, pois mais gente significa mais dinheiro e com mais dinheiro consegue-se recursos para agariar mais seguidores que significa mais dinheiro...
Um grande aliado nessa hora é o diabo e sua trupe. Ficar expulsando os espíritos, dos fiéis, que são incitados (ou pagos?) para entrar em transe, é de muita valia para impressionar.
Colocam programas na TV, e imploram que as pessoas contribuam com a ‘obra de Deus’. Engraçado: eles ‘bolam’ as artimanhas, os estratagemas, as denominam de ‘obra de Deus’ e você é que tem que pagar por isso.
É um bom negócio: o cara entra com a ‘cara, a coragem e o blá-blá-blá’ e você entra com dinheiro!
Essa é a verdadeira teologia da prosperidade – deles!
Com um bom dinheiro em caixa, até dá pra criar uma fundação, uma escola, pra dar uma sacramentada na questão da responsabilidade social, e um pano de fundo de seriedade a tudo.
Quem sabe no futuro pode até comprar uma rede de televisão com o dinheiro dos dízimos e ofertas, e fazê-la concorrer com a maior rede de tv do país, contratando artistas dessa última à peso de ouro, pagos com o mesmo dízimo e ofertas das ovelhas, fazendo um exécito de influência para modificar a opinião pública a seu favor. E Jesus? Que Jesus? Jesus se quiser que fale na madrugada, a madrugada que poderá ser utilizada para superfaturar o horário e despejar legalmente os dízimos e ofertas na TV. Pode-se até inaugurar grandes empreendimentos da industria do entretenimento e convidar quem sabe...o Lula para inauguração! Jesus ninguém iria ver mesmo...
É triste, mas alguém duvida que isso possa acontecer? Espero não estar profetizando.
Atenção: Isso foi escrito num momento de minha inspiração e meditação, qualquer semelhança com a vida real é pura coincidência.
Moisés Almeida
terça-feira
Eventos evangélicos que dão apoplexia
Menino prodígio pregando, fantasiado de pastor.
(Tenho vontade de esganar os pais, os líderes que deixam esse tipo de excrescência e a multidão imbecilizada que ainda consegue dar glória a Deus).
Marcha para Jesus em São Paulo.
(Sei que esse “carnaval-gospel-fora-de-hora” acontece em outras cidades, mas nenhum consegue ser tão ruim).
Pastor entrevistando demônio.
(Além de considerar desprezível o que um demônio tenha para dizer, acho esse tipo de coisa uma violência contra a dignidade humana).
Evangelista empetecado prometendo prosperidade.
(Tais mercadejadores da esperança povoarão a esfera mais baixa do mundo subterrâneo de Dante).
(O pastor chuta afirmando que algum motorista está triste e que Deus mandou aquele recado; pateticamente acerta todas).
Conferência missionária que atrela a miséria da Africa à idolatria.
(As veias do meu pescoço incham quando ouço alguém dizer que os Estados Unidos ficaram ricos porque são “uma nação cristã”).
Testemunho de cura divina em cruzada evangelística
(Que tristeza ouvir velhinha contar que foi curada de caroço, dor nas pernas e da coluna! Os que têm o dom de cura devem dar plantão na Ala dos Indigentes do Hospital do Câncer ou em ClInica de Hemodiálise).
Sermão entrecortado com língua estranha
(Será que as platéias não percebem o exibicionismo?).
Político se convertendo em ano eleitoral
(Que mico; nojo se mistura com vergonha!)
(Tem muito mais... Aceito sugestões)
sábado
Repensando a fé
Texto de :Ricardo Gondim
´
Minha fé deixou de ser uma força dirigida a Deu que o induz a agir. Entendo fé como coragem de enfrentar a existência com os valores do Evangelho. Fé significa uma aposta; a verdade vivida e revelada por Jesus de Nazaré tornou-se suficiente para que eu encare as contingências do mundo sem me desumanizar. Fé não movimenta o Divino, mas serve de pedra de apoio onde me impulsiono para a deslumbrante (e perigosa) aventura de viver.
Já não espero que uma relação com Deus me blinde de percalços. Não acredito, e nem quero, que Deus me revista com uma carcaça impenetrável. Acho um despautério prometer, em meio a tanto sofrimento, que uma vida obediente e pura gere segurança contra doenças, acidentes, violência.
Considero leviano afirmar que, quando as mulheres oram, Deus poupa seus filhos de se envolverem com drogas, promiscuidade e outros males. Por que Deus ficaria de mãos atadas ou indiferente diante das opções, muitas vezes atrapalhadas, de rapazes e moças? Quer dizer que, se os pais não vigiarem, Deus permite que os filhos se percam? Como Deus induz alguém a se arrepender; Ele arrasta pela força em resposta ao pedido dos pais? Será se a "salvação" dos filhos não depende tanto de uma intervenção divina, mas do exemplo dos pais?
Tanto no Antigo Testamento como no ministério terreno de Jesus, há relatos de que Deus se recusa a manipular ou coagir para trazer qualquer pessoa para si. Deus é amor e quem ama se torna vulnerável ao abandono. Um exemplo clássico vem do profeta Oséias que encarnou um repudio semelhante ao de Deus.
Quando Israel era menino, eu o amei, e do Egito chamei o meu filho. Mas, quanto mais eu o chamava mais eles se afastavam de mim (11.1).
No evangelho de Lucas, Jesus lamentou sobre a cidade de Jerusalém que, além de repetir o padrão de perseguir os profetas, o rejeitou:
Jerusalém, Jerusalém, você, que mata os profetas e apedreja os que lhe são enviados! Quantas vezes eu quis reunir os seus filhos, como a galinha reúne os seus pintinhos debaixo das suas asas, mas vocês não quiseram! (13.34).
Não acredito que, para os que cumprem ritos religiosos, a existência se transforme em céu de brigadeiro. Não imagino que, ao obedecer corretamente os mandamentos, o mar da vida deixe de ser arriscado.
Orar de olhos fechados, debulhar terços em rezas, pedir ajoelhado, fazer campanhas, interceder ferozmente nas vigílias, clamar aos gritos, nenhuma dessas expressões religiosas significa devoção, se contempla vantagens que outros mortais, que não fizerem o mesmo, não alcançarão. Considero-as puro clientelismo, vãs repetições, murros em ponta de faca, mistura de ilusão com esperança.
Assemelham-se ao esforço da tartaruga que sonha com as altitudes, mas se vê obrigada a respirar o pó da estrada.
Acho indigno um cristão pedir que Deus lhe ajude a passar em concurso público. Aliás, considero um horror ético. Da mesma forma, em economias que produzem excluídos, não é lícito rogar que “o Senhor abra uma porta de emprego”. Não faz sentido conceber que o Todo Poderoso consiga recolocar mais pessoas no mercado de trabalho de países emergentes do que nos bolsões miseráveis do mundo, onde bilhões sobrevivem com menos de 1 dólar por dia.
Já me indispus com grandes segmentos do mundo evangélico, mas não consigo calar. Por todos os lados, ouço clichês como se fossem afirmações piedosas de fé. Infelizmente, tais jargões cumprem o papel ideológico de afastar as pessoas da realidade, empurrando-as para o delírio religioso. Religião, nesse caso, não passa de ópio.
Soli Deo Gloria.
sexta-feira
UNIÃO ESTÁVEL E BATISMO NAS ÁGUAS
Devido a atualidade do assunto, resolvi publicar novamente este post (Publicado originalmente em 15/06/2007), abrindo desta forma o espaço para uma maior discussão e reflexão sobre o problema.
1. Sendo o casamento não sujeito a um padrão bíblico, judicial e cultural universal, entende-se que Deus o concebe conforme o tempo, cultura, costume e padrões normativos da sociedade, desde que não infrinja os princípios estabelecidos pela palavra de Deus, dentre os quais a heterossexualidade e a fidelidade conjugal (Gn 1.27, 2.22-25; Ex 20.14, 17; 1Tm 3.2;).
2. Não há na Bíblia sagrada nada que fundamente a idéia de que para ser reconhecido por Deus, o casamento precise de uma certidão ou contrato, quer estabelecido pelos pais, pela religião ou pelo estado. A prova disto é que os casamentos que não foram realizados ou regidos por tais instrumentos, eram diante de Deus reconhecidos e válidos (Gn 1.27-28; 24.58-67; 29.21-30; 41.45; Ex 24.1; 1Sm 18.27; Rt 4.9-13; Mt 1.24-25, etc.) O contrato de casamento é mencionado apenas no livro apócrifo de Tobias 7.13, e mesmo assim com caráter descritivo e não prescritivo.
3. Os contratos de casamento, a princípio estabelecidos pela família em algumas sociedades antigas, sem a interferência do Estado, vindo a fazer parte do universo jurídico apenas num passado recente, eram motivados por questão de ordem material e não afetiva. Não era a legitimação do casamento a preocupação inicial, mas sim a partilha dos bens ao final deste.
4. Só a partir do século IX a igreja (católica), começou a chamar para si a competência para regular de forma exclusiva a toda matéria matrimonial, vindo no Concílio de Trento em 1553 dar ao casamento a condição de sacramento da Igreja. Até então, desde a Igreja Primitiva, não havia dificuldade no reconhecimento do casamento conforme os padrões sócio-culturais, desde que fundamentado nos padrões bíblicos, conforme já citado.
5. No Brasil, a Igreja no seu princípio seguiu as diretrizes da Constituição Republicana de 24 de Janeiro de 1891, no art. 72, parágrafo 2°., que reconhecia apenas o "casamento civil", e do Código Civil que vigorou a partir do 1° de Janeiro de 1917, cujas disposições só reconhecia como válido o casamento civil celebrado pela autoridade secular. Entendendo se dever cívico de submissão às autoridades constituídas (Rm 13) e da preservação dos bons costumes (padrão culturalmente instável), a Igreja Evangélica, sem maior reflexão bíblica, privou o batismo nas águas e consequentemente da santa ceia aqueles novos crentes congregados que se encontravam diante da "lei" irregulares e marginalizados em virtude de sua união conjugal não seguir as diretrizes legais de então, quanto ao casamento ou reconhecimento do status de família. Com os graves problemas que esta exigência jurídicas causou, uma vez que não eram reconhecida pelo Estado as uniões conjugais estáveis, acontecia que no momento da separação entre estes "casais", a mulher sempre sofria prejuízos na partilha (quando havia partilha) de bens e em outras questão básicas.
6. Diante deste quadro, partindo de mudanças no Direito Tributário, o Estado acabou por reconhecer através da Constituição de 1988 em seu art. 226 parágrafo 3°, a união estável entre homem e mulher como entidade familiar, caracterizada pela c onvivência pública, contínua e duradoura com o objetivo de constituir família. Tal artigo foi regulamentado pela Lei 9.278 de 10 de Maio de 1996 e pelo novo Código Civil de 10.01.2002 em seu art. 1723. O Estado com isso corrigiu um erro e uma injustiça, retomando o principio dos primórdios da sociedade onde "o fato do casamento era por si reconhecido e satisfatório. Tais mudanças nas leis do país, não quebraram nenhum principio bíblico referente a vida conjugal entre homem e mulher, ao contrário, consolidaram o referente princípio.
7. Não há Novo Testamento nenhuma exigência para o batismo nas águas relacionada a "contratos ou certidões de casamento", aliás, as únicas exigências são arrependimento, fé, consciência e vontade (Mc 16.16; At 2.38-41; 8. 36-37). A história e a Bíblia (Mt 15.3) nos revelam os riscos de se colocar a "tradição" acima da Palavra de Deus promovendo com isto a injustiça.
8. É no mínimo contraditório o fato de se negar o batismo nas águas para os crentes que participam ativamente da vida congregacional, contribuem com seus dízimos, dão ofertas, evangelizam, fazem parte dos órgãos de cântico, alguns são líderes, ensinam na escola dominical, e são batizados com o Espírito Santo. Só não podem assumir funções "oficiais" e participarem da Santa Ceia.
Mudar é incômodo, mas por vezes é necessário. Mudar com responsabilidade, avaliando as conseqüências das mudanças é essencial. O desejo por mudança, por bem intencionado que seja, acaba mexendo com padrões fortemente estabelecidos e arraigados em qualquer instituição. Não quero ser simplista, visto que a questão exige assim uma análise cautelosa.
O pensador e questionador corre o risco de ser mal interpretado e até "excomungado" (Jesus, Paulo, Lutero, Luther king e outros que o digam). Pensar diferente nem sempre é pensar errado. Pensar criticamente é necessário. Pensar biblicamente é sempre certo. O propósito desse texto é fazer pensar, refletir, gerar discussão, debate, pois só assim os erros podem ser corrigidos, as mudanças podem acontecer e a justiça pode ser promovida.Referências BibliográficasCódigo Civil e Constituição Federal. São Paulo: Saraiva, 2003.CAMPOS, Alzira Lobo de Arruda. Casamento e família em São Paulo colonial. São Paulo: Paz e Terra, 2003.ENGELS, Friedrich. A origem da família, da propriedade privada e do Estado. São Paulo: Centauro, 2002.MAGALHÃES, Rui Ribeiro de. Direito de família no novo código civil brasileiro. 2. ed. São Paulo. Editora Juarez de Oliveira, 2003.THERBORN, Göran. Sexo e poder: a família no mundo 1900-2000. São Paulo: Contexto, 2006.
Fonte:http://www.altairgermano.com/2007/06/unio-estvel-e-batismo-nas-guas.html
sábado
A PROPOSTA DE JESUS: A FALÊNCIA COMO ALÍVIO!
"Vinde a mim todos os cansados e os sobrecarregados, e eu vos aliviarei”, disse Jesus.
Ora, a salvação do cansado é Vir, não Ficar.
A salvação do cansado é tomar algo, é atender um convite para sair de onde está e encontrar alívio para alma.Mas como posso ir a algum lugar se eu mesmo não tenho forças para me ajudar?Interessante isso. Para nós, a salvação do cansado é ficar e descansar. Jesus, no entanto, diz que o cansado tem que VIR.Mas como o cansado andará se está cansado? Não seria muito mais digno de Deus dizer: “Todos vós cansados, ficai onde estais, e eu vos visitarei.”?
A questão é que Este que oferece o descanso está ao lado, e Seu convite não é um grito distante, mas uma súplica interior: “Vinde a mim... e achareis descanso.
Tomai o jugo, e tereis alívio”.Assim, o movimento, o Vir, não para fora, mas para dentro!Todavia, por mais perto que Ele esteja, aquele que precisa da ajuda precisa Vir; tem de se movimentar; necessita escolher e acolher o refúgio. Afinal, quem descansa no refúgio que não quer estar?Refúgio forçado é prisão!“Vinde a mim” é um convite pessoal e propõe um encontro pessoal. “Vinde a mim” equivale a “permaneça em mim, e você terá descanso”.
Todavia, nem por causa disso eu devo ficar onde estou. Eu preciso sair de onde estou em mim a fim de encontrá-lO como alívio para mim, ainda em mim.“Permanecer nEle” é “Vir a Ele”. Portanto, é um permanecer em movimento, andando com Ele, deixando-se levar aos pastos verdejantes e às águas tranqüilas que não existem em nenhum éden terreno, mas tão-somente em paragens interiores.“Vinde a mim todos...”, diz Jesus.
Que coisa mais linda é ouvi-lO dizer que Seu atendimento é pessoal, visto que só é para todos porque é para cada um.Ele não pergunta pelo tipo de peso ou de carga que nos oprime; apenas aceita que pode ser qualquer coisa, e que Ele mesmo tratará com total pessoalidade qualquer que seja o jugo de agonias que possam estar afligindo a todos — portanto, a cada um individualmente.
Jesus, assim, não classifica angústias, e nem diz que certas agonias são virtuosas e, portanto, passíveis de ajuda, enquanto outras não são.Jesus não age assim. Assim age a religião!Não! Não é para um concurso de agonias que Ele nos convida, nem é para um vestibular de angústias, para, então, no fim, alguns serem selecionados para receber o alívio e a ajuda.
Pois assim como Ele convida a todos, Ele também convida o tudo de todos, sem discriminação.O critério que seleciona as agonias passíveis de socorro não obedece a nenhum juízo moral, ético ou religioso. Quem pré-seleciona o candidato à ajuda é a Necessidade que faz com que o necessitado perca o senso de autocrítica e de auto-ajuda e simplesmente diga: “Eu não posso mais!”
Assim, o convite é para quem não pode mais; é para quem se cansou tanto que já desistiu, e só não desistiu totalmente porque não sabe como morrer.Somente os que não sabem como morrer é que podem atender a tal convite, que num certo sentido só se consuma se eu digo: Morri, mesmo que ainda eu ainda exista!O convite é para quem não sabe nem como morrer. Sim, o convite é, sobretudo, para estes.“Vinde a mim todos vós”, diz Jesus. E, assim dizendo, Ele espera que “vós”, nós, eu, cada um, por si mesmo, decida aceitar a ajuda e Venha a Ele. Estranho e fascinante. Eu não agüento mais, mas preciso “Vir a Ele”, o que significa fazer o movimento da rendição, da entrega total de toda autoconfiança.
O convite só se efetiva na completa certeza de que em mim mesmo não resta esperança.O alívio só chega para quem já aprendeu que por si mesmo não chega a nenhum alívio por suas próprias pernas.O alívio é apenas para os perdidos na impotência!Maravilhoso e paradoxal!Ele me diz: “Vem”. Mas eu não consigo dar nem mais um passo...Assim, é na impossibilidade de me mover que eu me movo para onde está o refúgio. Eu tenho apenas que dizer que não posso mais, e, no mesmo Instante, paradoxalmente, me movo para Ele, sem ter que sair de lugar nenhum, visto que o lugar sai de mim, pois a opressão é em mim, e o alívio está em mim, mas somente quando, em mim mesmo, Venho a Ele.
Quando eu desisto, vou a Ele. Então, descubro que o lugar do alívio não é um lugar, nem mesmo pode ser comparado ou medido como a distância de uma estrada a ser percorrida até chegar a Ele, onde está o descanso. Não! É justamente por não poder ir que chego, e é por não agüentar mais que recebo o poder que me faz agüentar tudo.“Tomai sobre vós o meu jugo, pois Sou manso e humilde de coração, e achareis descanso para as vossas almas, pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”, explica Jesus.Ele implora que eu aceite a ajuda dEle. Sim, Ele se mostra manso e humilde, e garante que o peso dEle é leve. Peso leve. Jugo suave.
Tudo isso vem da mansidão e da humildade dEle.Aquele que me oferece ajuda é forte em Sua mansidão e humildade em Seu coração. Que coisa linda!Assim, aprendo que meu sacrifício quanto a receber o alívio é reconhecer que “não agüento mais”, e é “tomar um peso leve e um jugo suave”, que nada mais é do que aceitar a mansidão e a humildade de Deus como meu lugar de refúgio.Sim, onde mais posso descansar senão na humildade de Deus?Somente um Deus manso e humilde pode aceitar tudo em todos, e ajudar todos em tudo! No entanto, eu tenho que “Vir”, fazendo o movimento na Permanência Nele, e que só acontece como impossibilidade de ir a qualquer outro “lugar” que não seja Ele.
Mas quem agüenta se entregar a um Deus tão manso e humilde? Quem aceita que o socorro implique em falência e desistência? Quem deseja para si trocar seu próprio jugo pelo de Outro, por mais que Este que me convide diga que seu peso não pesa?Para receber o alívio do Deus manso e humilde requer-se do homem um ato de movimento e a coragem da troca. E pior: demanda desse carente que se declare mais que necessitado. Sim, dele se demanda que declare falência e que se movimente na declaração da impotência, e que seja humilde a fim de aceitar a falência como salvação.Assim, a fim de me ajudar Jesus diz: “Venha”.
E, assim fazendo, Ele me diz que a salvação é Ele, e que o caminho para ela reside na desistência de qualquer outra salvação que não seja um ato de reconhecimento da minha própria impotência e perdição.Em Jesus somente os falidos são aliviados.
Quem não chegou a esse ponto —onde já não se tem para onde ir— jamais saberá o significado de receber o alívio, visto que ainda é estivador de sua própria potência, e é ainda vítima de seu estado de não-falência assumida.Bem-aventurados os sem forças para se mover, pois eles se moverão sem ter que ir a algum lugar, visto que o Lugar-Presença a eles vem.
Aliás, implora para ser apenas reconhecido.
Caio
http://www.caiofabiocom.br/
OBAMA É O ANTICRISTO?
A idéia originalmente foi de um vídeo da campanha de John McCain em 1º de Agosto desse ano, no qual se insinua que Obama seria o anticristo.
Mas a figura de Obama é interessante para ilustrar esse ente maléfico que, segundo a predição bíblica aportará no cenário mundial.
Num mundo com flagrantes fragilizações morais, econômicas e religiosas, não se imaginava que surgisse alguém que somasse tão grande unanimidade ou pelo menos simpatia como Obama.
Isto mostra como o anticristo pode surgir no cenário mundial.
Barack Obama, um ilustre senador desconhecido do resto do mundo até seis meses atrás, se torna o primeiro presidente negro dos Estados Unidos, vindo de uma família pobre africana e de ascendência muçulmana, com a missão de reestruturar a economia americana e dar novo rumo aos destinos do mundo.
De igual forma, para a aparição do anticristo, o mundo perdido, desesperançado, mergulhado em sucessivas crises, verá aparecer um salvador, que corresponderá de imediato aos anseios da população, e depois se mostrará o anti-Deus.
Cada vez que a história da humanidade evolui (ou involui) percebo quão fácil é a materialização das profecias bíblicas. Pois quando se fala do anticristo como alguém que aglutinará em si as esperanças da humanidade que o consagrará; não imaginava ninguém, no cenário político, econômico ou religioso, que pudesse cumprir esse papel. Mais uma vez a história demonstra que isso é possível, com a eleição de Obama.
Obama é um Hitler ao contrário!
E esse é o grande perigo da eleição de Obama: a grande expectativa dos resultados de seu governo, que se não for conforme esperado, pode ter consequencias muito perigosas.
Definitivamente, Obama não é o anticristo. Mas sua ascenção meteórica ao posto do homem mais poderoso do planeta, demonstra facilidade do cumpriemento desse profecia.
(De alguma forma não sei se o que elegeu Obama foi sua simpatia ou a antipatia do Bush!)
Mas Deus está falando! Sempre fala! Nós é que estamos surdos!
O fim de todas coisas vem! E está perto!
Moisés Almeida
domingo
O que eu posso fazer na cama?
-----Original Message-----
From: O que eu posso fazer na cama?
Sent: terça-feira, 21 de outubro de 2003 14:14
To: contato@caiofabio.com
Subject: Sexo oral
Mensagem:
Amado Caio Fábio, Quero, antes de tudo, ressaltar o carinho imenso que tenho por você, bem como a confiança que sinto em suas posições acerca dos mais diversos assuntos tratados neste site.
Desde que me converti (há cerca de sete anos), venho admirando teu trabalho, teus livros, teus vídeos e agora este site. Enfim, todo o trabalho que Deus colocou em tuas mãos e que tem sido realizado com grande eficácia. Caio, estou com uma dúvida imensa, e esta, por sua vez, está me tirando a paz. Tenho 28 anos, sou casado há 5, e até hoje não tive uma instrução satisfatória acerca de algumas ações dentro da vida sexual de cristãos.
Confesso que estou imensamente constrangido em lhe perguntar isso. Espero que não seja mal interpretado em minha dúvida. Meu pastor ensinou-nos que praticar sexo oral é errado.
Já sua mulher, em ensino às irmãs da Igreja, disse que o sexo oral poderia ser utilizado apenas para se criar um clima maior de excitação. Por fim, eu tenho esta dúvida, visto que algumas vezes minha esposa e eu praticamos esse ato.
Sinto-me culpado pela instrução do pastor e confuso pela instrução de sua mulher. Gostaria de saber se estou em pecado cometendo este tipo de ato. Tanto eu, como minha esposa, no momento do ato conjugal, sentimos, algumas vezes, desejo de praticar; achamos muito gostoso. Há alguma coisa que o recrimine? Não quero de maneira alguma pecar contra Deus.
E não quero também, deixar de satisfazer os desejos de minha esposa nem deixar nossa vida sexual "cair em rotina" (ainda mais nesta área, que é tão delicada). Eu peço que me ajude!
Confesso que minha cabeça está como um "caldeirão fervendo" acerca deste assunto.
Se realmente é pecado, sei que Deus irá nos libertar disso. Com o que tenho visto, aqui no site, o irmão tem bastante experiência, tanto pela vivência, quanto pela instrução bíblica.
Me ajude, por favor.
_____________________________________________________________
Resposta:
Meu querido amigo:
Paz, Alegria e Prazer sem Culpa na Graça de Deus!
A esposa de seu pastor está falando a verdade.
Mulheres costumam ser mais verdadeiras quando o assunto é Realidade e Religião.
Pastores, muitas vezes, sentem-se na obrigação de falar por aqueles que determinam o que ele deve pensar.Daí, na intimidade e no particular, a esposa dele ter dado outro conselho.
Meu querido, esse assunto foi resolvido por um solteirão chamado Paulo, o apóstolo. Ele disse que o corpo do marido pertence à mulher dele; e que o corpo da mulher pertence ao homem dela.Quando um homem encontra sua mulher e a mulher o seu homem, tudo acontece na maior normalidade.
O anormal é ver casais que não se amam, não se desejam e não se gostam, transando para “cumprir as Escrituras”, e, depois, levantarem-se do leito cheios de culpa, medo e neurose.A Bíblia não conhece pudores dentro de um quarto onde dois amantes de verdade se encontram.Pecado é a objetização do sexo. É praticá-lo sem amor e sem desejo. É realizá-lo como mecânica orgânica apenas.
Aí está o erro; ou melhor: o pecado do desperdício!
Se seu problema é não pecar contra Deus, ouça o que Ele diz. Mas se sua questão é agradar o seu pastor; então, seja solidário a ele e não faça nada daquilo que a mulher dele deseja experimentar.
Mas Deus diz outra coisa, bem diferente. Aliás, Deus deu liberdade.
Ele é quem fez todas as coisas. Por isso, bebe a água da tua própria “cisterna”, e das correntes do teu “poço”.
Derramar-se-iam as “tuas fontes para fora”, e pelas “ruas” os “ribeiros de águas?”
Seja tua mulher só para ti mesmo, e não para os “estranhos” juntamente contigo.
Seja bendito o “teu manancial”; e regozija-te na tua mulher.
Ela deve ser vista como uma cabrita amorosa, e graciosa como uma égua no campo.
Saciem-te os seus “seios” em todo o tempo; e pelo seu “amor” mergulha no encanto para sempre.
E por que andarias atraído pela mulher fácil, e abraçarias o peito de uma outra, até casada?
Os lábios da mulher fácil destilam mel, e a sua boca e mais macia do que o azeite.
Ensina a tua mulher a ser assim também: molhada e doce.
Ora, isso vai, juntamente com a Palavra, te guardar da mulher que só quer uma aventura, e te salvará das cantadas da língua da mulher sedutora.
Cobices no teu coração a formosura de tua própria mulher.
Ensina-a a seduzir-te. Isso te livrará de ser preso como um bobo pelos “olhares” da mulher que olha para todos.Pode alguém tomar fogo no seu seio, sem que os seus vestidos se queimem?
Assim, incendeiem os teus beijos a tua mulher, de tal modo que lhe queimem as vestes!
Não é desprezado o ladrão, mesmo quando furta para saciar a fome? Assim, se por causa de tua “necessidade” tu te deres mal, ainda assim serás maltratado pelos demais homens!
Por que correrias este risco?
Por que transferirias todos os prazeres para fora de tua casa?
Por que teus sonhos e fantasias de alma não se realizariam com tua mulher, livremente, dentro de teu quarto?
Por que “construirias” tu uma “mulher virtual”, se tens uma que é mais que real?
O que não possui a sua própria mulher com o “fogo” de quem possui uma “adultera” é burro; destrói-se a si mesmo se assim não a “trata”.
Se assim não for, pode ser que ela venha a desejar uma “outra imagem”, e tu também acabarás por cobiçar o que não é teu. Come o que é teu e bebe de tua própria cisterna. Sacia-te dos frutos de tua árvore encantada.
A mulher aprazível obtém honra—diz o provérbio. Desse modo seja a tua honra, também, mostrar à tua própria mulher o quão desejosa e aprazível ela é.A discrição de tua mulher tem que ser para “fora”.
Mas para ti, que ela seja a mais sedutora de todas as mulheres.A mulher virtuosa é a coroa do seu marido; porém a que procede vergonhosamente é como apodrecimento nos seus ossos. Assim, ensina a tua mulher a “coroar a tua cabeça” com toda honra.
Do contrário, tu terás tristezas.E tem marido que não sabe por que a mulher se torna mulher de rixas, uma goteira contínua enchendo a paciência! Ora, elas nunca foram saciadas!
Tal é o caminho da mulher adúltera: ela come, e limpa a sua boca, e diz: “Não pratiquei iniqüidade”. Pois assim deveria ser a liberdade e a consciência de toda mulher para com seu próprio marido.
Por que não usar o direito em favor do direito? Se aquilo que é torto é prazeroso, por que aquilo que é bom tem que ser culposo? Portanto, que tua mulher seja livre como aquela que come, limpa a boca, e diz: “Não pratiquei iniqüidade!”Que tu não percas mais tempo.
A Bíblia não nos ensina a perder tempo uma vez que o amor tenha sido acordado. Ao contrário. O homem apaixonado da Bíblia diz assim:
Como és formosa, amada minha, eis que és formosa!
Os teus olhos me seduzem; o teu cabelo é ondulante.
Os teus dentes são perfeitos e limpos. Os teus lábios são vermelhos, formosos e gostosos; e a tua boca é linda; as tuas faces são coradas e cheias de vida.
O teu pescoço fica lindo com os cordões e adereços que tu usas para me encantar.Os teus seios são gêmeos em beleza e são cheirosos como um mergulho entre os lírios.
Aproveitarei as sombras da noite e te escalarei, pois tu és para mim como uma montanha de perfume.
Enlevaste-me o coração, minha amante; enlevaste- me o coração com um dos teus olhares, com um dos colares do teu pescoço tu me seduziste.
Quão doce é o teu amor, minha mulher! quanto melhor é o teu amor do que o vinho! e o aroma dos “teus cheiros” é melhor do que o de toda sorte de cheiros comprados!Os teus lábios destilam o mel; mel e leite estão debaixo da tua língua, e o cheiro dos teus vestidos é como o cheiro da terra mais acolhedora.Tu és somente minha, ó mulher!
Jardim fechado és tu; sim, jardim fechado, fonte selada—pois só eu bebo de ti e em ti bebo tudo o que gosto.Te provo como quem sente todos os sabores e sente todos os cheiros.
Tu és o Éden!És fonte do jardim, poço de águas vivas, correntes de águas de delícias!Levanta-te, vento norte, e vem tu, vento sul; assopra no meu “jardim”, espalha os seus aromas sobre mim.
E que assim diga a ti a tua própria mulher: Entra, ó meu amado no teu próprio jardim, e come dos meus frutos excelentes, que são todos para ti!
Assim será se ela também puder dizer:
Conjuro-vos, ó minhas amigas, se encontrardes o meu amado, que lhe digais que estou “enferma de amor”.
“Que é o teu amado mais do que outro amado, ó tu, a mais formosa entre as mulheres? Que é o teu amado mais do que outro amado, para que assim nos conjures?”—são as perguntas comuns de mulheres que conheceram machos, mas não conheceram homens; que conheceram sexo, mas não conheceram o amor; que conheceram algum prazer, mas que nunca foram arrebatadas.Se assim for, que ela, a tua mulher, saiba responder:
O meu amado é cândido e belo, o primeiro entre dez mil.A sua cabeça é preciosa, os seus cabelos são gostosos, são como penas de uma ave livre. Os seus olhos são cintilantes, lavados em leite, são como jóias postas em engaste na sua face. O rosto dele cheira como um canteiro das mais doces fragrâncias; e os seus lábios são como lírios que gotejam perfume. Os seus braços são firmes; e o seu corpo é lindo de apreciar; assim eu gosto de vê-lo nu. As suas pernas são fortes, parecem árvores cheias de vigor. O seu falar é muitíssimo suave; sim, ele é totalmente desejável.Assim é o meu amado, o meu amigo! Sim! assim é ele, minha amigas! Acerca dessa mulher, fêmea e amiga, o marido pode dizer:
Há sessenta rainhas, oitenta concubinas, e virgens sem número pela terra. Mas uma só é a minha cabritinha, a minha mulher de confiança; ela não tem igual nem entre as filhas de sua própria mãe; ela é especial.
Minha mulher é meu harém!Portanto, aprecie a sua mulher de cima a baixo, e não deixa nem um pedacinho de fora do teu gosto, apetite e paladar!
Você pode e deve prová-la toda. Dos pés à cabeça. Sem reservas e sem restrições.As palavra da Bíblia podem ser todas suas na alegria de possuir a sua mulher:
Quão formosos são os teus pés nas sandálias.
Os contornos das tuas coxas são como jóias, obra das mãos de artista.
O teu “umbigo” (no texto original: órgão genital) é como uma taça redonda, à qual não falta bebida; a tua barriguinha é como uma mesa onde como o meu pão perfumado. Os teus seios são perfeitos.
O teu pescoço me encanta; os teus olhos como são limpos como piscinas; o teu nariz é lindo de ver. A tua cabeça sobre ti é como um monte altivo, e os cabelos da tua cabeça são charmosos; até um rei ficaria “preso” pelas tuas tranças.Quão formosa, e quão aprazível és, ó amor em delícias!Essa tua estatura é semelhante à palmeira, e os teus seios são para mim como cachos cheios de uvas doces.
Disse eu: Subirei à palmeira, pegarei em seus cachos! Pois os teus seios são como os cachos da vide, e o cheiro do teu fôlego como o das maçãs, e os teus beijos como o bom vinho, que se bebe suavemente, e se escoa pelos lábios e dentes
E nunca poupe sua mulher de coisas novas. Ouça quando ela diz: Vem, ó amado meu, saiamos ao campo, passemos as noites nas aldeias pequenas e sem ninguém. Levantemo-nos de manhã para ir às vinhas, vejamos se florescem as vides, se estão abertas as suas flores, e se as figueiras e sapotizeiras já estão em flor; ali te darei o meu amor...Desse modo, meu amado, esqueça a cabecinha de seu pastor.
A mulher dele parece ter muito mais o que ensinar. Pelo menos seria isso que ela gostaria, e do que, possivelmente, está sendo privada.Não proceda do mesmo modo. Fique livre, e faça sua mulher explodir de alegria.A idade da culpa acaba quando se conhece a estação do amor que não teme ser também desejo!Assim, não sou eu quem vai dizer o que você deve ou não deve fazer na cama.
Posso apenas dizer a você o que você pode estar perdendo!
Um beijão pra você!
Nele, que nos fez assim... como nos fez!
Caio.
quinta-feira
Pecadores sem maldição
Desde a adolescência, organizei minha vida com valores religiosos. Freqüentei e lecionei em escolas dominicais. Militei em grupos de jovens cristãos. Estudei em um instituto bíblico. Conheci bem os bastidores do mundo religioso, tanto no Brasil como nos Estados Unidos. Sincero e zeloso, sempre procurei cumprir as exigências de todas as instituições que participei. Se a igreja não permitia as mulheres cortarem o cabelo, briguei com a minha por aparar as franjas; se era pecado ir ao cinema, eu, que não aceitava essa proibição absurda, para evitar mau testemunho, viajava para longe se queria ver algum filme.
Relevei disparates, incoerências e hipocrisias eclesiásticas, porque considerava a causa de Cristo mais importante que as pessoas. Para não “escandalizar”, fazia vista grossa para comportamentos incompatíveis com a mensagem cristã. Abraçado às instituições, acabei conivente de mercenários, alguns intencionalmente cobiçosos. Justifiquei tolices argumentando que as pessoas eram minimamente sinceras. Nem sei como me iludi a ponto de dizer: “fulano faz bobagem, muita bobagem, mas é sincero”.
Cheguei a um tempo de vida, que algumas reivindicações da religião perderam o apelo. Com tantas decepções, deixei de acreditar na pretensa santidade dos religiosos. Considero piegas as pregações de que Deus exige uma santidade perfeita. Lembro imediatamente dos malabarismos que testemunhei que tentavam falsear tantas inadequações, dos jogos de esconde-esconde para não expor demagogias.
Jesus não conviveu com gente muito certinha. Ao contrário, ele os evitava e criticava. Chamou os austeros sacerdotes de sepulcros caiados, de cegos que guiam outros cegos, de hipócritas e, o mais grave, de condenarem os prosélitos a um duplo inferno. Cristo gostava da companhia dos pecadores, que lhe pareciam mais humanos.
Jesus alistou pessoas bem difíceis para serem apóstolos; Pedro era tempestivo; Tomé, hesitante; João, vingativo; Filipe, lento em compreender; Judas, ladrão. Acostumado com os freqüentadores de sinagoga e com os doutores da Lei, por que ele não buscou seguidores nesses círculos? Talvez, não entendesse santidade e perfeição como muitos.
Jesus aceitou que uma mulher de reputação duvidosa lhe derramasse perfume; elogiou a fé de um centurião romano, adorador de ídolos; não permitiu que apedrejassem uma adúltera para perdoá-la; mostrou-se surpreso com a determinação de uma Cananéia; prometeu o paraíso para um ladrão nos estertores da morte. Sabedor das exigências da lei, por que Jesus não mediu esforços ou palavras para enaltecer gente assim? Talvez, não entendesse santidade e perfeição como muitos.
Para Jesus, santidade não significava uma simples obediência de normas. Para ele, os atos não valem o mesmo que as intenções. Adultério não se restringe a sexo, mas tem a ver com valores que podem ou não gerar uma traição. O ódio que explode com ânsias de matar é mais grave do que o próprio homicídio.
Para Jesus, santidade se confunde com integridade; que deve ser compreendida como inteireza. As sombras, as faltas, as inadequações, os defeitos, bem como as luzes, as bondades, as grandezas, as virtudes, de cada um precisam ser encaradas sem medos, sem panacéias, sem eufemismos. Deus não requer vidas perfeitinhas, pois ele sabe que a estrutura humana é pó; não exige correção absoluta, pois para isso, teria que nos converter em anjos.
As prostitutas, que souberem lidar com faltas e defeitos com inteireza, precederão os sacerdotes bem compostos, mas que vivem de varrer as faltas para debaixo dos tapetes eclesiásticos. O samaritano, que traduziu humanidade em um gesto de solidariedade, é herói de uma parábola que descreve como herdar o céu. O tempestivo Pedro, que transpirava sinceridade, recebeu as chaves do Reino de Deus. A mulher, que fora possessa de sete demônios, anuncia a alvissareira notícia da ressurreição.
Os mandamentos e a lei só serviram para mostrar que para produzir humanidade não servem os legalismos. Integridade e santidade nascem do exercício constante de confrontar suas luzes e sombras trazendo-as diante de Deus e mesmo assim saber-se amado por Ele.
Soli Deo Gloria.
terça-feira
VOCÊ É FELIZ DE VERDADE?
Então comecei a perguntar se elas realmente eram felizes, e sempre me respondiam que sim, pois tinham Jesus no coração.
Na maioria das vezes, constatei, que essa afirmação era mais um jargão aprendido nos porões das denominações, uma afirmação de papagaio, ou uma forma de se vangloriar diante dos ‘pecadores’ dizendo que a ‘felicidade suprema’ só se encontra em Jesus e se quisessem ser como eles que se convertessem e ‘aceitassem Jesus’. Eram como uma tubulação, por onde a água da vida passava, como uma informação para o outro, mas nada ficava, funcionavam como um canal e não como um reservatório, um vaso!
Na verdade nem sempre a afirmação dos lábios é afirmação do coração.
Muitas vezes é a afirmação da vontade, do desejo de ser conforme a boca confessa, mesmo que não o seja de fato.
Outras vezes é o mascaramento de uma infelicidade que se camaleoa com as cores da ocasião, para não mostrar o que realmente se sente.
Você é feliz de verdade?
É fácil saber se a felicidade professada pela boca condiz com a fé do coração:
Se retiradas todas as circunstancialidades do teu atual estado de felicidade, você ainda seria feliz?
Se retirarem tuas muletas dos cargos eclesiásticos, e a forma cerimonial com que se referem a você ainda seria feliz?
Se experimentasses a escassez, a privação, a necessidade, você ainda seria feliz?
A felicidade provinda de Jesus não pode ser ancorada pela subjetividade das coisas que nos cercam, e nos deixam muitas vezes na zona de conforto, sonâmbulos e/ou alienados.
A verdadeira felicidade brota do coração, mesmo quando não há qualquer evidência exterior para tal.
A verdadeira felicidade não é encontrada nos jargões aprendidos nos cultos evangélicos, como se fossem mantras que seriam capazes de pela simples afirmação ‘fazerem a coisa acontecer’, como palavras mágicas.
Jesus disse que quem nele cresse, rios de águas vivas correriam de seu interior!
A afirmação da boca como confissão, se não provocada pela erupção da verdade no coração, é apenas vento, nada e palha. Mas quando cheia de verdade do ser, satisfaz a alma e convence quem do outro lado vê ou ouve tal afirmação!
Da próxima vez que te perguntares se és de fato feliz, consulte o teu coração, e se não te sentires conforme a resposta que queres dar, volta teu coração para o Senhor teu Deus e pede que te encha da plenitude da felicidade, que do teu interior corram perenes, as águas vivas de Deus!
Moisés Almeida