Complexo de Abraão
Moisés Almeida
Na história de Abraão, há um momento crucial, um vexame divino, Deus agora pede a Abrãao o que de mais importante lhe havia dado – seu filho. Abraão à princípio deve ter estranhado o pedido, era o seu filho a grande promessa de Deus, sua descendência seria bendita, era o nascimento não apenas de um menino mas de um povo. Será que Deus tinha mudado de idéia, e agora cancelaria sua promessa? Como se cumpriria o “multiplicarei a tua descendência, e em ti serão benditas todas nações da terra”? Como Deus poderia dar e retirar com tanto simplismo? Brincar com a sensibilidade de um ancião que na sua velhice tinha tido a benção de ter um filho com a mulher que amava?
O que se sabe é que Abraão crê em Deus, lhe é obediente, e porisso vai ao Moriá oferecer em sacrifício o seu filho, o seu único. Na sua terra natal, os cultos idólatras faziam oferendas humanas, o que não deve ter impressionado a pedido de Deus, Abraão não tinha nenhum problema ‘teológico’ com isso, que lhe era dolorido, era o fato de ser o seu filho! Mas ele não questiona a natureza do sacrifício, nem o objeto desse sacrifício. Ele simplesmente vai.
O final da história todos sabemos, Deus impede o sacrifício humano de Isaque e um cordeiro é oferecido a Deus em seu lugar. Final feliz – happy end.
O que chamo aqui de Complexo de Abraão, é o fato de muita gente achar que Deus é um ser tão egoísta, que não se pode gostar de nada profundamente, sem que Deus queira logo acabar com a festa, e aí tem gente que tem medo de amar, e de gostar, porque Deus pode ficar zangado, “afinal será que José gosta mais do filho do que de mim? Não pode, vou matar o filho dele, e assim o amor dele, será somente pra mim”. É um Deus passional, ciumento, quase um diabo. Um Deus que não permite que as pessoas se gostem, se amem, ou sejam felizes. E tem gente que ainda diz: tá bom pra ser verdade. Deve vir algo ruim depois.
Essa concepção de Deus não é, e nem nunca foi a imagem do Deus eterno, que é amor. E que sua justiça, ainda assim é derramada em amor e compaixão pelas suas criaturas. Não podemos fazer a teologia do Isaque para o nosso cotidiano, aquilo foi um caso de Deus com Abraão, e só a ele importa, e também foi a prefiguração da morte de Cristo. O que passar disso é terrorismo evangélico dos Bin Ladens da religião, é manipulação de consciências.
Deus quer que sejamos felizes sim. E não há nada errado em amar. O amor que devotamos a um filho, esposa, pai, mãe, é diferente do amor que temos a Deus. No novo testamento, escrito em grego, se faz a diferênça da palavra ‘amor’ pra cada ocasião, usa-se uma palavra específica para dizer que se ama a Deus, mulher, o filho, o irmão. Em português usamos a mesma palavra, porisso a banalização e não compreesão do significado.
Quando Jesus disse que quem não deixar pai, mãe, irmãos, fazendas, por amor dele não era digno dele, não estava querendo sufocar o amor entre familiares, mas que haveria momento em que deveria se fazer uma escolha, e numa escolha, deveria se colocar Jesus em primeiro lugar.
Amar a Deus sobre todas as coisas é também amar o próximo, pois assim pergunta João, ‘se você não ama seu irmão/próximo que vê todo dia, como amará a Deus que nunca viu?’. O exercício do amor a Deus é amar o seu próximo, pai, mãe, irmão, inimigo, como demonstração desse amor de Deus que invade nossas almas. Quem ama conhece a Deus porque Deus é amor. Não dá pra amar verticalmente apenas, o amor tem que ser demonstrado horizontalmente – com os semelhantes – e assim cumpriremos a lei de Cristo.
Há muita gente nas igrejas que dizem que amam a Deus, mas não socorrem seus irmãos, são gente que ora de dia e de noite pra ter ‘revelações, sinais, profecias’ que conseguem ver anjos voando dentro da igreja, mas não conseguem ver o irmão necessitado sentado ao lado! A pessoa consegue ver anjo e não consegue ver a necessiade do seu irmão? Mil vezes desejo o contrário. Uma espiritualidade dessa é absolutamente descartável.
No último dia a Bíblia diz que Jesus não vai perguntar quantas revelações você teve, ou quantas visões ou quantas profecias. Ele vai pergunar se destes de comer ao faminto, de beber ao sedento, de vestir ao nú, se fostes visitar o enfermo e o encarcerado, pois ‘quando fizeste uma dessas coisas aos mesus pequeninos a mim me fizeste’.
Não tenha medo de amar, de dizer que ama, aos que estão à sua volta, a seu filho que precisa de carinho, a sua mãe que precisa de ouvir um ‘te amo’, e a todos que necessitam de um pouco de carinho nesta vida, isto é bom pra você também, pois amar faz bem. Vamos nos curar desse ‘complexo de abraão’, onde se tem medo de amar, e se faz de conta que não se ama, pra Deus não se enciumar e acabar por tirar o objeto de seu amor. Esse tipo de deus é na verdade o diabo.
Deus é amor, e todo o que ama conhece a Deus.
Moisés Almeida.
Teologia, Doutrina, Textos de vários autores, Igreja, Estudos Biblicos,Textos bíblicos inteligentes, Pastoral,Poesia, Comentários. UM BLOG PARA QUEM NÃO TEM MEDO DE PENSAR! Contato: moisesrivele@gmail.com.br
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segunda-feira
Quatro episódios e muitas inquietações.
Quatro episódios e muitas inquietações.
Ricardo Gondim Rodrigues
Primeiro episódio.A pastora Miriam Silva prometera algumas surpresas para o próximo culto. Na data marcada uma pequena multidão superlotou o seu auditório em São Paulo. Disputavam lugares até nos corredores. O ar pastoso do calor não inibia a euforia que passava de pessoa para pessoa. Ondas de uma eletricidade emocional causavam arrepios em todos. Cantaram-se alguns hinos; todos convocando os crentes para uma batalha. De repente, as portas que ladeiam a plataforma do templo se abriram e a pastora Miriam entrou. Vinha acompanhada por alguns dos seus oficiais. Apareceu trajando um uniforme militar com camuflagem e carregando uma baioneta pendurada no cinto. Marchou até o centro, sempre rodeada de seus oficiais. Todos igualmente fantasiados. A voltagem subia a cada hino que se cantava. De repente abriu-se mais uma porta e seis homens surgiram carregando um caixão de defuntos nos ombros. Os gazofilácios serviram de apoio para repousarem a urna funerária diante do povo. Agora o frenesi emocional misturava-se à perplexidade. Tudo se mostrava inusitado demais. A pastora Miriam sacou a baioneta e com ela em punho começou a pregar o seu sermão. Culpava a cultura romana pelos percalços da nação brasileira. Afirmou que somos pobres, vivemos no meio da violência e estacionamos em nosso desenvolvimento devido ao “espírito de Roma”. “Esse espírito”, continuou com a voz afetada, “nos ensinou a guardar o domingo e batizar crianças. Temos que matar e esfaquear esse espírito, ele não provém de Deus”. Depois de mais de meia hora condenando o “espírito de Roma”, convocou a todos no auditório a verificarem se suas próprias vidas também não estariam contaminadas com o tal espírito. Abriram o caixão e as pessoas trouxeram um papel escrito, indicando de que maneira estavam maculados por Roma. Quando se aproximavam do caixão, enxergavam-se num espelho estrategicamente colocado no lugar onde repousaria a cabeça do morto. Depois que todos depositaram seus pedaços de papel naquele móvel sinistro, repuseram a sua tampa e esperaram o próximo movimento da pastora. Ela desceu com a baioneta em posição de ataque e logo começou a esfaquear o caixão com força. Lancetava com tanto furor que lascas de madeira voavam pelo espaço. Ao terminar com a sua coreografia, deixou claro para o seu auditório que aquilo não fora apenas uma encenação. Eles haviam presenciado um “ato profético”. Prometeu que depois daquele evento, Deus reverteria a sorte do Brasil.
Segundo Episódio.Minha secretária anunciou que o Alexandre Souza já chegara. Pedi então que ele entrasse em meu escritório, pois queria um aconselhamento pastoral. Aproximou-se cabisbaixo e me encarou apenas de soslaio, embora apertasse minha mão com firmeza. Notei logo sua timidez. Calculei sua idade por volta dos 28 anos. Os cabelos bem aparados e penteados para a esquerda chamavam a atenção pela negritude. Pedi que Alexandre se sentasse. Iniciei nosso diálogo procurando deixá-lo mais à vontade. Ofereci um copo d’água, que aceitou sem esboçar nenhuma emoção. Achei-o muito quieto. Pensei na dificuldade daquele aconselhamento. Imaginei que gastaria a maior parte do tempo perguntando e ouvindo meras respostas monossilábicas. Ledo engano. Logo que bebeu o primeiro gole, Alexandre me encarou e perdeu toda timidez. – Pastor, começou sem gaguejar, faço parte da igreja ‘X’ aqui em Fortaleza. Há dois anos estou endemoninhado. – Vim aqui porque preciso de libertação, emendou. Mostrei-me surpreso: - Endemoninhado? Você está em pleno controle de suas faculdades mentais, emocionalmente equilibrado e com um semblante tranqüilo. O que lhe leva a crer que está endemoninhado? Sua resposta me deixou ainda mais perplexo. – Todas as sextas-feiras eu vou ao culto de quebra de maldições em minha igreja e faz dois anos que eu caio tomado por demônios em todos os cultos. Pela voz não parecia indignado, apenas cansado. – O bispo põe a mão sobre minha cabeça e eu fico agoniado, tenho vontade de tirar a mão dele de cima de mim. É nesse exato momento que acontece... – O quê? Interrompi. – Fico nervoso, com uma aflição muito grande. Quero tirar a mão do bispo de cima de mim. Acabo caindo no chão. Lá me dizem que essa aflição é demoníaca. Questionei-lhe porque o bispo não conseguia libertá-lo totalmente, já que sua possessão se manifestava semanalmente há dois anos. Explicaram-lhe que esse tipo de demônio é muito esperto. Quando o expulsavam da mente, corria para o espírito. Do espírito se escondia na vontade e da vontade pulava para a alma. Desta forma, continuava cativo mesmo já batizado e mesmo havendo terminado o seu curso sobre plenitude do Espírito Santo. Mostrei-lhe que não era possesso, apenas um inocente útil. Um joguete nas mãos dos líderes que precisavam de pessoas sugestionáveis para valorizar os cultos de libertação da sexta-feira.
Terceiro Episódio.Roberto Pires pastoreia uma igreja no Rio de Janeiro. Certo dia, resolveu agir, indignado com a violência da cidade. Precisava fazer alguma coisa para reverter a incompetência crônica da polícia. Não cogitou ações políticas, nem imaginou um programa na igreja que melhorasse a educação cívica de seus membros. Sequer lhe passou pela cabeça participar de manifestações ou passeatas exigindo melhor segurança pública. Os óculos teológicos e ideológicos com que enxerga a sua realidade não lhe permitem essas cogitações. Assim, orava em um culto quando lhe veio uma idéia que considerou a mais genial de sua vida - tão genial que ele a relatou por anos.Correu para o seu escritório, abriu a Lista Telefônica e nervosamente procurou pelos “agás”; queria “helicópteros”. Desejava saber quanto custaria alugar um desses beija-flores mecânicos. Anotou os valores e levou sua idéia para o culto daquela noite. “Irmãos e irmãs, Deus me deu uma visão. Preciso que vocês me ajudem a cumpri-la. Deus mandou que eu alugasse um helicóptero, colocasse um tonel de óleo dentro e ungisse a cidade do Rio de Janeiro”. O auditório irrompeu em palmas, uma oferta foi levantada e o pastor Roberto Pires naquela semana embarcou no mais bizarro sobrevôo que o Rio de Janeiro já teve. Latas de óleo eram derramadas para ungirem a Cidade Maravilhosa. Respingos melados caíram sobre a avenida Rio Branco, na praia de Copacabana e sobre alguns dos morros mais violentos da cidade. Fora o inconveniente oleoso, nada aconteceu; meses depois a violência carioca recrudesceu.
Quarto Episódio. O pastor Carlos Feijó voltou para Curitiba depois de uma semana em um seminário de batalha espiritual. A equipe que ministrou o curso ensinou-lhe a “decretar sua cidade para Deus”. Ali aprendeu como identificar os limites do seu município e declarar que ele pertence a Jesus Cristo. Aprendeu mais: Se a igreja não souber reivindicar o que pertence ao Senhor, o diabo continuará com direitos legais sobre vidas, espalhando miséria. O pastor Carlos passou uma semana indignado consigo mesmo e com os outros pastores. Por anos não se aperceberam dessa imensa negligência. Foi para casa e orou. Com lágrimas rolando pelo rosto, se propôs a jejuar. No terceiro dia do jejum veio-lhe o que também considerou uma brilhante revelação divina. Há muitos anos aprendera que tanto os leões como os lobos urinam para demarcar o seu território e impedir a invasão de outros machos. Ele precisava fazer o mesmo, como legítimo representante de Jesus – o Leão da Tribo de Judá.Naquela semana, convocou seus parceiros de ministério para saírem pela madrugada urinando em pontos estratégicos da cidade. Gastaram algumas horas na empreitada. O comboio de carros percorreu vários quilômetros com muitas paradas. Beberam litros e litros d’água; precisavam de muita urina para uma cidade tão grande. Esses quatro episódios descritos são verdadeiros. Todos patéticos! Realmente aconteceram nas cidades mencionadas. Apenas os nomes e alguns detalhes são fictícios. Ilustram bem o que invade as igrejas evangélicas no Brasil. Entendo que as pessoas têm o direito constitucional de crerem, praticarem ou pregarem o que quiserem. Entretanto, não deveriam fazer em nome da fé protestante e evangélica. Muito sangue já foi derramado, muitas vidas sacrificadas e muitos missionários afadigados para que testemunhássemos tanta superficialidade. Além disso, produzem um estrago imensurável em vidas. Muita gente já perdeu a fé. Qualquer pessoa com um mínimo de senso crítico, depois que passa a euforia e o fanatismo, se sentirá envergonhada de um dia haver participado de ambientes onde imperam tantas tolices. Acabam trilhando o caminho do cinismo ou da revolta. Ambos muito trágicos.Torna-se necessário que aconteçam denúncias internas para que o evangelho não se desfigure em um “outro evangelho”. Se nos calarmos, mancharemos nosso legado de fé e nos tornaremos culpados por omissão. Quando a igreja deixa de salgar e passa a ser motivo de chacota, para nada mais serve senão para ser pisada pelos homens. Há muito joio dentro das igrejas evangélicas e ele não se parece em nada com o trigo. Pelo contrário, dá-nos vontade de rir e de chorar ao mesmo tempo. Protestemos, antes que só dê vontade de chorar. Soli Deo Gloria.
Ricardo Gondim, pastor da AD Betesta SP, escritor, reitor faculdade teologica.
Ricardo Gondim Rodrigues
Primeiro episódio.A pastora Miriam Silva prometera algumas surpresas para o próximo culto. Na data marcada uma pequena multidão superlotou o seu auditório em São Paulo. Disputavam lugares até nos corredores. O ar pastoso do calor não inibia a euforia que passava de pessoa para pessoa. Ondas de uma eletricidade emocional causavam arrepios em todos. Cantaram-se alguns hinos; todos convocando os crentes para uma batalha. De repente, as portas que ladeiam a plataforma do templo se abriram e a pastora Miriam entrou. Vinha acompanhada por alguns dos seus oficiais. Apareceu trajando um uniforme militar com camuflagem e carregando uma baioneta pendurada no cinto. Marchou até o centro, sempre rodeada de seus oficiais. Todos igualmente fantasiados. A voltagem subia a cada hino que se cantava. De repente abriu-se mais uma porta e seis homens surgiram carregando um caixão de defuntos nos ombros. Os gazofilácios serviram de apoio para repousarem a urna funerária diante do povo. Agora o frenesi emocional misturava-se à perplexidade. Tudo se mostrava inusitado demais. A pastora Miriam sacou a baioneta e com ela em punho começou a pregar o seu sermão. Culpava a cultura romana pelos percalços da nação brasileira. Afirmou que somos pobres, vivemos no meio da violência e estacionamos em nosso desenvolvimento devido ao “espírito de Roma”. “Esse espírito”, continuou com a voz afetada, “nos ensinou a guardar o domingo e batizar crianças. Temos que matar e esfaquear esse espírito, ele não provém de Deus”. Depois de mais de meia hora condenando o “espírito de Roma”, convocou a todos no auditório a verificarem se suas próprias vidas também não estariam contaminadas com o tal espírito. Abriram o caixão e as pessoas trouxeram um papel escrito, indicando de que maneira estavam maculados por Roma. Quando se aproximavam do caixão, enxergavam-se num espelho estrategicamente colocado no lugar onde repousaria a cabeça do morto. Depois que todos depositaram seus pedaços de papel naquele móvel sinistro, repuseram a sua tampa e esperaram o próximo movimento da pastora. Ela desceu com a baioneta em posição de ataque e logo começou a esfaquear o caixão com força. Lancetava com tanto furor que lascas de madeira voavam pelo espaço. Ao terminar com a sua coreografia, deixou claro para o seu auditório que aquilo não fora apenas uma encenação. Eles haviam presenciado um “ato profético”. Prometeu que depois daquele evento, Deus reverteria a sorte do Brasil.
Segundo Episódio.Minha secretária anunciou que o Alexandre Souza já chegara. Pedi então que ele entrasse em meu escritório, pois queria um aconselhamento pastoral. Aproximou-se cabisbaixo e me encarou apenas de soslaio, embora apertasse minha mão com firmeza. Notei logo sua timidez. Calculei sua idade por volta dos 28 anos. Os cabelos bem aparados e penteados para a esquerda chamavam a atenção pela negritude. Pedi que Alexandre se sentasse. Iniciei nosso diálogo procurando deixá-lo mais à vontade. Ofereci um copo d’água, que aceitou sem esboçar nenhuma emoção. Achei-o muito quieto. Pensei na dificuldade daquele aconselhamento. Imaginei que gastaria a maior parte do tempo perguntando e ouvindo meras respostas monossilábicas. Ledo engano. Logo que bebeu o primeiro gole, Alexandre me encarou e perdeu toda timidez. – Pastor, começou sem gaguejar, faço parte da igreja ‘X’ aqui em Fortaleza. Há dois anos estou endemoninhado. – Vim aqui porque preciso de libertação, emendou. Mostrei-me surpreso: - Endemoninhado? Você está em pleno controle de suas faculdades mentais, emocionalmente equilibrado e com um semblante tranqüilo. O que lhe leva a crer que está endemoninhado? Sua resposta me deixou ainda mais perplexo. – Todas as sextas-feiras eu vou ao culto de quebra de maldições em minha igreja e faz dois anos que eu caio tomado por demônios em todos os cultos. Pela voz não parecia indignado, apenas cansado. – O bispo põe a mão sobre minha cabeça e eu fico agoniado, tenho vontade de tirar a mão dele de cima de mim. É nesse exato momento que acontece... – O quê? Interrompi. – Fico nervoso, com uma aflição muito grande. Quero tirar a mão do bispo de cima de mim. Acabo caindo no chão. Lá me dizem que essa aflição é demoníaca. Questionei-lhe porque o bispo não conseguia libertá-lo totalmente, já que sua possessão se manifestava semanalmente há dois anos. Explicaram-lhe que esse tipo de demônio é muito esperto. Quando o expulsavam da mente, corria para o espírito. Do espírito se escondia na vontade e da vontade pulava para a alma. Desta forma, continuava cativo mesmo já batizado e mesmo havendo terminado o seu curso sobre plenitude do Espírito Santo. Mostrei-lhe que não era possesso, apenas um inocente útil. Um joguete nas mãos dos líderes que precisavam de pessoas sugestionáveis para valorizar os cultos de libertação da sexta-feira.
Terceiro Episódio.Roberto Pires pastoreia uma igreja no Rio de Janeiro. Certo dia, resolveu agir, indignado com a violência da cidade. Precisava fazer alguma coisa para reverter a incompetência crônica da polícia. Não cogitou ações políticas, nem imaginou um programa na igreja que melhorasse a educação cívica de seus membros. Sequer lhe passou pela cabeça participar de manifestações ou passeatas exigindo melhor segurança pública. Os óculos teológicos e ideológicos com que enxerga a sua realidade não lhe permitem essas cogitações. Assim, orava em um culto quando lhe veio uma idéia que considerou a mais genial de sua vida - tão genial que ele a relatou por anos.Correu para o seu escritório, abriu a Lista Telefônica e nervosamente procurou pelos “agás”; queria “helicópteros”. Desejava saber quanto custaria alugar um desses beija-flores mecânicos. Anotou os valores e levou sua idéia para o culto daquela noite. “Irmãos e irmãs, Deus me deu uma visão. Preciso que vocês me ajudem a cumpri-la. Deus mandou que eu alugasse um helicóptero, colocasse um tonel de óleo dentro e ungisse a cidade do Rio de Janeiro”. O auditório irrompeu em palmas, uma oferta foi levantada e o pastor Roberto Pires naquela semana embarcou no mais bizarro sobrevôo que o Rio de Janeiro já teve. Latas de óleo eram derramadas para ungirem a Cidade Maravilhosa. Respingos melados caíram sobre a avenida Rio Branco, na praia de Copacabana e sobre alguns dos morros mais violentos da cidade. Fora o inconveniente oleoso, nada aconteceu; meses depois a violência carioca recrudesceu.
Quarto Episódio. O pastor Carlos Feijó voltou para Curitiba depois de uma semana em um seminário de batalha espiritual. A equipe que ministrou o curso ensinou-lhe a “decretar sua cidade para Deus”. Ali aprendeu como identificar os limites do seu município e declarar que ele pertence a Jesus Cristo. Aprendeu mais: Se a igreja não souber reivindicar o que pertence ao Senhor, o diabo continuará com direitos legais sobre vidas, espalhando miséria. O pastor Carlos passou uma semana indignado consigo mesmo e com os outros pastores. Por anos não se aperceberam dessa imensa negligência. Foi para casa e orou. Com lágrimas rolando pelo rosto, se propôs a jejuar. No terceiro dia do jejum veio-lhe o que também considerou uma brilhante revelação divina. Há muitos anos aprendera que tanto os leões como os lobos urinam para demarcar o seu território e impedir a invasão de outros machos. Ele precisava fazer o mesmo, como legítimo representante de Jesus – o Leão da Tribo de Judá.Naquela semana, convocou seus parceiros de ministério para saírem pela madrugada urinando em pontos estratégicos da cidade. Gastaram algumas horas na empreitada. O comboio de carros percorreu vários quilômetros com muitas paradas. Beberam litros e litros d’água; precisavam de muita urina para uma cidade tão grande. Esses quatro episódios descritos são verdadeiros. Todos patéticos! Realmente aconteceram nas cidades mencionadas. Apenas os nomes e alguns detalhes são fictícios. Ilustram bem o que invade as igrejas evangélicas no Brasil. Entendo que as pessoas têm o direito constitucional de crerem, praticarem ou pregarem o que quiserem. Entretanto, não deveriam fazer em nome da fé protestante e evangélica. Muito sangue já foi derramado, muitas vidas sacrificadas e muitos missionários afadigados para que testemunhássemos tanta superficialidade. Além disso, produzem um estrago imensurável em vidas. Muita gente já perdeu a fé. Qualquer pessoa com um mínimo de senso crítico, depois que passa a euforia e o fanatismo, se sentirá envergonhada de um dia haver participado de ambientes onde imperam tantas tolices. Acabam trilhando o caminho do cinismo ou da revolta. Ambos muito trágicos.Torna-se necessário que aconteçam denúncias internas para que o evangelho não se desfigure em um “outro evangelho”. Se nos calarmos, mancharemos nosso legado de fé e nos tornaremos culpados por omissão. Quando a igreja deixa de salgar e passa a ser motivo de chacota, para nada mais serve senão para ser pisada pelos homens. Há muito joio dentro das igrejas evangélicas e ele não se parece em nada com o trigo. Pelo contrário, dá-nos vontade de rir e de chorar ao mesmo tempo. Protestemos, antes que só dê vontade de chorar. Soli Deo Gloria.
Ricardo Gondim, pastor da AD Betesta SP, escritor, reitor faculdade teologica.
Não quero mais ser evangélico!
Não quero mais ser evangélico!
Texto do Pr. Ariovaldo Ramos, no site do www.caiofabio.com.br"
Texto do Pr. Ariovaldo Ramos, no site do www.caiofabio.com.br"
Irmãos, uni-vos - Pastores evangélicos criam sindicato e cobram direitos trabalhistas das Igrejas". Esse, o título da matéria, chocante, publicada pela revista Veja, de 9 de junho de 1999, anunciando formação do Sindicato dos Pastores Evangélicos no Brasil. Foi a gota d'água! Ao ler a matéria acima finalmente me dei conta de que o termo "evangélico" perdeu, por completo, seu conteúdo original. Ser evangélico, pelo menos no Brasil, não significa mais, ser praticante e pregador do Evangelho (boas novas) de Jesus Cristo, mas, a condição de membro de um seguimento do Cristianismo, com cada vez menor relacionamento histórico com a Reforma Protestante - o seguimento mais complicado, controverso, dividido e contraditório do Cristianismo. O significado de ser pastor evangélico, então, é melhor nem falar, para não incorrer no risco de ser grosseiro. Não quero mais ser evangélico! Quero voltar para Jesus Cristo, para a boa notícia que Ele é, e ensinou. Voltemos a ser adoradores do Pai, porque, segundo Jesus, são estes os que o Pai procura e, não, por mão de obra especializada ou por profissionais da fé. Voltemos à consciência de que o caminho, a verdade e a vida é uma pessoa e não um corpo de doutrinas e/ou tradições, nascidas da tentativa de dissecarmos Deus; de que, estar no caminho, conhecer a verdade e desfrutar a vida é relacionar-se intensamente com essa pessoa: Jesus de Nazaré, o Cristo, o Filho do Deus vivo. Quero os dogmas que nascem desse encontro; uma leitura bíblica que nos faça ver Jesus Cristo e não uma leitura bibliólatra Não quero a espiritualidade que se sustenta em prodígios, no mínimo discutíveis, e sim, a que se manifesta no caráter. Chega dessa "diabose"! Voltemos à graça, à centralidade da cruz, onde tudo foi consumado. Voltemos à consciência de que fomos achados por Ele, que começou em cada filho Seu algo que vai completar; voltemos às orações e jejuns, não como fruto de obrigação ou moeda de troca, mas, como namoro apaixonado com o Ser amado da alma resgatada. Voltemos ao amor, à convicção de que, ser cristão, é amar a Deus acima de todas as coisas e, ao próximo, como a nós mesmos; voltemos aos irmãos, não como membros de um sindicato, de um clube, ou de uma sociedade anônima, mas, como membros do corpo de Cristo. Quero relacionar-me com eles como as crianças relacionam-se com os que as alimentam, em profundo amor e senso de dependência, quero voltar a ser guardião de meu irmão e não seu juiz. Voltemos ao amor que agasalha no frio, assiste na dor, dessedenta na sede, alimenta na fome, que reparte, que não usa o pronome "meu", mas, o pronome "nosso". Para que os títulos: pastor, reverendo, bispo, apóstolo, o que estes significam se todos são sacerdotes? Quero voltar a ser leigo. Para que o clericalismo? Voltemos ao sermos servos uns dos outros; aos dons do corpo que correm soltos e dão o tom litúrgico da reunião dos santos; ao, "onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu lá estarei" de Mateus 18.20. Que o culto seja do povo e não dos dirigentes - chega de show! Voltemos aos presbíteros e diáconos, não como títulos, mas, como função: os que, sob unção da igreja local, cuidam da ministração da Palavra, da vida de oração da comunidade e para que ninguém tenha necessidade, seja material, espiritual ou social. Chega de ministérios megalômanos onde o povo de Deus é mão de obra ou massa de manobra! Para que os templos, o institucionalismo, o denominacionalismo? Voltemos às catacumbas, à igreja local. Por que o pulpitocentrismo? Voltemos ao "ïnstruí-vos uns aos outros" (Cl 3. 16). Por que a pressão pelo crescimento? Jesus Cristo não nos ordenou ser uma Igreja que cresce, mas, uma Igreja que aparece: "Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras, e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus."(Mt 5.16). Vamos anunciar com nossa vida, serviço e palavras "todo o Evangelho ao homem... a todos os homens". Deixemos o crescimento para o Espírito Santo que "acrescenta dia a dia os que haverão de ser salvos", sem adulterar a mensagem. Chega dos herodianos que vivem a namorar o poder, a vender a si e as ovelhas ao sistema corrupto e corruptor; voltemos à escola dos profetas que denunciam a injustiça e apresentam modelos de vida comunitária. Chega do corporativismo, onde todo mundo sabe o que acontece, mas, ninguém faz nada; voltemos ao confronto, como o de Paulo a Pedro (Gl 2.11), que dá oportunidade ao arrependimento e aperfeiçoa, como "o ferro afia o ferro." (Pv 27.17) Saiamos do "metodologismo". Voltemos a "ser como o vento, que sopra como quer, se ouve a sua voz mas não se sabe de onde vem e nem para onde vai" (Jo 3.8) Não quero mais ser evangélico, como o é entendido, hoje, neste país. Quero ser só cristão. Um cristão integral, segundo a Reforma e os pais da Igreja. Adorando ao Pai, em espírito e verdade, comungando, em busca da prática da unidade do "novo homem", criado por Cristo à Sua imagem (Ef 2.15), e praticando a missão integral.
quarta-feira
Traje de homem... traje de mulher!
Traje de homem... traje de mulher.
Texto de: Denis de Oliveira, Pastor-Presidente das Assembléias de Deus -
Ministério Poder de Deus, RJ - Citado em: www.jesussite.com.br
"Não haverá traje de homem na mulher, e não vestirá o homem vestido de mulher, porque qualquer que faz isto é abominação ao Senhor teu Deus". (Deuteronômio 22:5) Muitos pregadores que condenam os outros com "doutrinas de roupa", só são vistos como "moralistas" com a passagem de Deuteronômio 22:5, porque poucas pessoas se dão o trabalho de ler o restante dos versículos. Ninguém pode pegar um versículo isolado e fazer de doutrina. A bíblia toda se completa, sem confusão, sem contradição, certo? Então leia o que diz os versículos que seguem logo depois que diz sobre traje de homem e de mulher:"Quando edificares uma casa nova, farás no teu telhado um parapeito, para que não tragas sangue sobre a tua casa, se alguém dali cair". (Versículo 8)Algum destes pregadores ensinam também esse versículo? Ora, ele vem logo depois do que fala sobre os trajes! Constroem eles parapeitos nas suas casas? Estão eles em pecado??? Leia também o versículo 12:"Porás franjas nos quatro cantos da tua manta, com que te cobrires". (Versículo 12)Ôpa, mais um pecado! Onde estão as mantas destes pregadores??? Estão eles sem santificação??? E ainda que digam que trata de simbolismo, então o versículo 5 também é simbólico, certo? Como pode uma parte ser simbólica e outra não?! Amados irmãos, todo aquele que estuda a Palavra de Deus com sinceridade descobre os erros, e por isso Jesus disse:"Errais não conhecendo as Escrituras e nem o poder de Deus". (Mateus 22:29)Não podemos concordar jamais com os liberalismos que existem por aí, e fazer a obra de Deus de qualquer maneira. Mas retirando as indecências que existem no mundo, não existe calça-comprida feminina e decente? Será que o radicalismo de proibir a mulher de usar calça salva alguém? Alguns líderes suspendem e até excluem irmãs da igreja, com suas doutrinas de roupa, mas não disciplinam as que causam confusões e intrigas com fofocas e outros sérios problemas.Há calça-comprida feita exclusivamente para mulher. Ou seja, é calça de mulher, feita para mulher, logo não é "traje de homem". Pode haver semelhança, como camisas que são semelhantes. Notamos que esta passagem de Deuteronômio 22:5 faz alusão aos que queriam usar as roupas do sexo oposto, talvez numa intenção de homossexualismo. Leia o que diz: "Não haverá traje de homem na mulher, e não vestirá o homem vestido de mulher". Portanto, eles sabiam qual era a roupa de homem, e qual era a roupa de mulher! O que poucos pregam é que esta é uma lei do Velho Testamento, da mesma forma que a lei ordenava apedrejar mulheres pegas em flagrante de adultério, como está no evangelho de João capítulo 8:"Ora, Moisés nos ordena na lei que as tais sejam apedrejadas. Tu, pois, que dizes?" (João 8:5)Veja que Moisés havia ordenado. E realmente está no livro de Levíticos 20:10. Mas estava aonde? Na lei!!!! Os livros de Gênesis a Deuteronômio fazem parte do pentateuco, os livros da lei. Isso significa que devemos abolir o velho testamento? Claro que não, pois no Novo Testamento, que significa Novo Pacto, Nova Aliança, se esclarece o que estava no Velho Testamento, como é o caso de João 8. "Aquele dentre vós que está sem pecado seja o primeiro que lhe atire uma pedra".Jesus chama de "acusadores" os que queriam apedrejar a mulher adúltera. Atualmente muitos vivem apedrejando o seu próximo, condenando por aparências, doutrinas de homens. Veja que advertência faz o nosso Mestre! Jesus não condenou aquela mulher que estava em adultério, pega no flagrante. O Senhor a avisou para não pecar mais, claro. Mas não a condenou! E hoje muitos querem condenar um irmão apenas por aparências. Misericórdia!!!Do que adianta a mulher usar a saia, e usá-la justa demais ou curta? Não está a pessoa se vestindo pior do que a que usa uma calça-comprida decente?! Será que esta "doutrina" prevalece em todos os lugares do mundo? Então vejamos: Em Moscou, capital da antiga União Soviética, a temperatura chega a -40 Graus abaixo de zero. Isso mesmo. Um frio tão grande que muitas pessoas morrem somente de frio. Será que alguma "irmã" usaria a saia em Moscou?? Se a calça-comprida é "traje de homem" seria inaceitável usá-la por debaixo da saia, devido ao frio. Ou vestiria o "pecado" por causa do frio?? A palavra santificação significa separação. A pessoa que se santifica, ela se separa do mundo e suas práticas pecaminosas. Se despoja do velho homem, que deseja o pecado, a prostituição, as bebedeiras, os vícios, as orgias, etc. O "velho homem" é o velho querer, as antigas vontades do pecado. Efésios 4:25-31 explica bem essa parte. Se você falava mal do seu próximo, não irá falar mais, pois você estará santificando os seus lábios. "Irmãos, não faleis mal uns dos outros". (Tiago 4:11)Mas ainda assim os pregadores que não conhecem a bíblia, com suas "doutrinas" de roupas e de homens, "doutrinas" essas que não estão na bíblia, pregam erroneamente Tessalonicenses 5:23:"E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, e alma e corpo..."Realmente devemos nos santificar em tudo. O nosso corpo é templo do Espírito Santo. Não pode ser entregue a indecência, a prostituição, a bebidas, etc. Quando você se converteu, você abandonou o pecado. Afinal, você mudou. Deus operou uma separação entre você e o mundo. A santificação é operada por Deus. Lembra-se do início do versículo? Leia:"E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo..."Ou seja, é ELE quem santifica. É Deus quem opera. É Ele quem toca no homem para abandonar o pecado. E não o homem com cobranças de doutrinas de roupas. Para confirmar esta certeza, basta ler o versículo 24:"Fiel é o que vos chama, o qual também o fará". (versíc. 24)É ELE quem faz. É Deus, através do seu Santo Espírito, é que pode tocar no homem, convencer o homem do pecado. Todo tipo de pregação deve ser analisada à luz das Escrituras. Lembre-se dos crentes de Beréia, onde foi Paulo e Silas, em Atos 17:11. Tudo que os crentes bereanos ouviam, conferiam nas escrituras para ver se realmente era assim. E aceitaram a pregação, e a bíblia diz que eles foram mais nobres que os de Tessalônica. Preste bem atenção no versículo abaixo, para edificação da sua vida espiritual e você entender melhor: "Ora, estes eram mais nobres do que os de Tessalônica, porque de bom grado receberam a palavra, examinando diariamente as Escrituras para ver se estas coisas eram assim". (Atos 17:11)Veja que bênção! Eles conferiam nas Escrituras tudo que era pregado, e aí sim aceitavam. E foram mais nobres que os de Tessalônica. Paulo e Silas não se sentiram ofendidos pelo fato deles conferirem com as Escrituras o que se pregava. Muito pelo contrário, era bom que eles conferissem mesmo, pois isso demonstrava uma busca sincera pela verdade. Quem busca o caminho da verdade é que busca conferir o que se diz. Quem quer viver no erro jamais vai se arriscar a verificar alguma coisa. O próprio Jesus ordenava "examinar" as Escrituras. (João 5:39) Quem está na luz não fica confuso, não fica turbado, não erra o caminho. O que acontece quando falta luz em casa? Você pode tropeçar ou esbarrar em alguma coisa, não é? Mas quando a luz chega você vê tudo e não tropeça. A Palavra de Deus é a luz para o seu caminho. "Lâmpada para os meus pés é a tua palavra, e luz para o meu caminho". (Salmo 119:105) Devemos ter muito cuidado com a falsa capa de religiosidade que ronda muitas igrejas. Apocalipse 2:18,19 adverte a igreja de Tiatira pelo seguinte:"Ao anjo da igreja em Tiatira escreve...Conheço as tuas obras, e o teu amor, e a tua fé, e o teu serviço, e a tua perseverança...Mas tenho contra ti que toleras a mulher Jezabel, que se diz profetisa; ela ensina e seduz os meus servos a se prostituírem e a comerem das coisas sacrificadas a ídolos". A opção do inimigo contra esta igreja foi introduzir uma mulher que se dizia profetiza, que operava com dons. Jezabel era filha do Rei do Sidônios (1 Reis 16:31) uma adoradora de Baal. O Rei Acabe se casou com esta mulher e permitiu que ela introduzisse a adoração a Baal em Israel. Ela tinha 400 profetas que comiam da sua mesa, desfrutando de status e privilégios. Muitos pensam que o Senhor sonda as roupas para qualificar alguém, segundo a aparência. Mas este é um erro terrível. A capa de religiosidade de Jezabel ronda muitas igrejas pelo mundo. Mas à igreja de Tiatira o Senhor Jesus deixa claro em Apoc 2:23 que não é bem a roupa que Ele sonda não: "E todas as igrejas saberão que eu sou aquele que sonda os rins e os corações".
Texto de: Denis de Oliveira, Pastor-Presidente das Assembléias de Deus -
Ministério Poder de Deus, RJ - Citado em: www.jesussite.com.br
"Não haverá traje de homem na mulher, e não vestirá o homem vestido de mulher, porque qualquer que faz isto é abominação ao Senhor teu Deus". (Deuteronômio 22:5) Muitos pregadores que condenam os outros com "doutrinas de roupa", só são vistos como "moralistas" com a passagem de Deuteronômio 22:5, porque poucas pessoas se dão o trabalho de ler o restante dos versículos. Ninguém pode pegar um versículo isolado e fazer de doutrina. A bíblia toda se completa, sem confusão, sem contradição, certo? Então leia o que diz os versículos que seguem logo depois que diz sobre traje de homem e de mulher:"Quando edificares uma casa nova, farás no teu telhado um parapeito, para que não tragas sangue sobre a tua casa, se alguém dali cair". (Versículo 8)Algum destes pregadores ensinam também esse versículo? Ora, ele vem logo depois do que fala sobre os trajes! Constroem eles parapeitos nas suas casas? Estão eles em pecado??? Leia também o versículo 12:"Porás franjas nos quatro cantos da tua manta, com que te cobrires". (Versículo 12)Ôpa, mais um pecado! Onde estão as mantas destes pregadores??? Estão eles sem santificação??? E ainda que digam que trata de simbolismo, então o versículo 5 também é simbólico, certo? Como pode uma parte ser simbólica e outra não?! Amados irmãos, todo aquele que estuda a Palavra de Deus com sinceridade descobre os erros, e por isso Jesus disse:"Errais não conhecendo as Escrituras e nem o poder de Deus". (Mateus 22:29)Não podemos concordar jamais com os liberalismos que existem por aí, e fazer a obra de Deus de qualquer maneira. Mas retirando as indecências que existem no mundo, não existe calça-comprida feminina e decente? Será que o radicalismo de proibir a mulher de usar calça salva alguém? Alguns líderes suspendem e até excluem irmãs da igreja, com suas doutrinas de roupa, mas não disciplinam as que causam confusões e intrigas com fofocas e outros sérios problemas.Há calça-comprida feita exclusivamente para mulher. Ou seja, é calça de mulher, feita para mulher, logo não é "traje de homem". Pode haver semelhança, como camisas que são semelhantes. Notamos que esta passagem de Deuteronômio 22:5 faz alusão aos que queriam usar as roupas do sexo oposto, talvez numa intenção de homossexualismo. Leia o que diz: "Não haverá traje de homem na mulher, e não vestirá o homem vestido de mulher". Portanto, eles sabiam qual era a roupa de homem, e qual era a roupa de mulher! O que poucos pregam é que esta é uma lei do Velho Testamento, da mesma forma que a lei ordenava apedrejar mulheres pegas em flagrante de adultério, como está no evangelho de João capítulo 8:"Ora, Moisés nos ordena na lei que as tais sejam apedrejadas. Tu, pois, que dizes?" (João 8:5)Veja que Moisés havia ordenado. E realmente está no livro de Levíticos 20:10. Mas estava aonde? Na lei!!!! Os livros de Gênesis a Deuteronômio fazem parte do pentateuco, os livros da lei. Isso significa que devemos abolir o velho testamento? Claro que não, pois no Novo Testamento, que significa Novo Pacto, Nova Aliança, se esclarece o que estava no Velho Testamento, como é o caso de João 8. "Aquele dentre vós que está sem pecado seja o primeiro que lhe atire uma pedra".Jesus chama de "acusadores" os que queriam apedrejar a mulher adúltera. Atualmente muitos vivem apedrejando o seu próximo, condenando por aparências, doutrinas de homens. Veja que advertência faz o nosso Mestre! Jesus não condenou aquela mulher que estava em adultério, pega no flagrante. O Senhor a avisou para não pecar mais, claro. Mas não a condenou! E hoje muitos querem condenar um irmão apenas por aparências. Misericórdia!!!Do que adianta a mulher usar a saia, e usá-la justa demais ou curta? Não está a pessoa se vestindo pior do que a que usa uma calça-comprida decente?! Será que esta "doutrina" prevalece em todos os lugares do mundo? Então vejamos: Em Moscou, capital da antiga União Soviética, a temperatura chega a -40 Graus abaixo de zero. Isso mesmo. Um frio tão grande que muitas pessoas morrem somente de frio. Será que alguma "irmã" usaria a saia em Moscou?? Se a calça-comprida é "traje de homem" seria inaceitável usá-la por debaixo da saia, devido ao frio. Ou vestiria o "pecado" por causa do frio?? A palavra santificação significa separação. A pessoa que se santifica, ela se separa do mundo e suas práticas pecaminosas. Se despoja do velho homem, que deseja o pecado, a prostituição, as bebedeiras, os vícios, as orgias, etc. O "velho homem" é o velho querer, as antigas vontades do pecado. Efésios 4:25-31 explica bem essa parte. Se você falava mal do seu próximo, não irá falar mais, pois você estará santificando os seus lábios. "Irmãos, não faleis mal uns dos outros". (Tiago 4:11)Mas ainda assim os pregadores que não conhecem a bíblia, com suas "doutrinas" de roupas e de homens, "doutrinas" essas que não estão na bíblia, pregam erroneamente Tessalonicenses 5:23:"E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, e alma e corpo..."Realmente devemos nos santificar em tudo. O nosso corpo é templo do Espírito Santo. Não pode ser entregue a indecência, a prostituição, a bebidas, etc. Quando você se converteu, você abandonou o pecado. Afinal, você mudou. Deus operou uma separação entre você e o mundo. A santificação é operada por Deus. Lembra-se do início do versículo? Leia:"E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo..."Ou seja, é ELE quem santifica. É Deus quem opera. É Ele quem toca no homem para abandonar o pecado. E não o homem com cobranças de doutrinas de roupas. Para confirmar esta certeza, basta ler o versículo 24:"Fiel é o que vos chama, o qual também o fará". (versíc. 24)É ELE quem faz. É Deus, através do seu Santo Espírito, é que pode tocar no homem, convencer o homem do pecado. Todo tipo de pregação deve ser analisada à luz das Escrituras. Lembre-se dos crentes de Beréia, onde foi Paulo e Silas, em Atos 17:11. Tudo que os crentes bereanos ouviam, conferiam nas escrituras para ver se realmente era assim. E aceitaram a pregação, e a bíblia diz que eles foram mais nobres que os de Tessalônica. Preste bem atenção no versículo abaixo, para edificação da sua vida espiritual e você entender melhor: "Ora, estes eram mais nobres do que os de Tessalônica, porque de bom grado receberam a palavra, examinando diariamente as Escrituras para ver se estas coisas eram assim". (Atos 17:11)Veja que bênção! Eles conferiam nas Escrituras tudo que era pregado, e aí sim aceitavam. E foram mais nobres que os de Tessalônica. Paulo e Silas não se sentiram ofendidos pelo fato deles conferirem com as Escrituras o que se pregava. Muito pelo contrário, era bom que eles conferissem mesmo, pois isso demonstrava uma busca sincera pela verdade. Quem busca o caminho da verdade é que busca conferir o que se diz. Quem quer viver no erro jamais vai se arriscar a verificar alguma coisa. O próprio Jesus ordenava "examinar" as Escrituras. (João 5:39) Quem está na luz não fica confuso, não fica turbado, não erra o caminho. O que acontece quando falta luz em casa? Você pode tropeçar ou esbarrar em alguma coisa, não é? Mas quando a luz chega você vê tudo e não tropeça. A Palavra de Deus é a luz para o seu caminho. "Lâmpada para os meus pés é a tua palavra, e luz para o meu caminho". (Salmo 119:105) Devemos ter muito cuidado com a falsa capa de religiosidade que ronda muitas igrejas. Apocalipse 2:18,19 adverte a igreja de Tiatira pelo seguinte:"Ao anjo da igreja em Tiatira escreve...Conheço as tuas obras, e o teu amor, e a tua fé, e o teu serviço, e a tua perseverança...Mas tenho contra ti que toleras a mulher Jezabel, que se diz profetisa; ela ensina e seduz os meus servos a se prostituírem e a comerem das coisas sacrificadas a ídolos". A opção do inimigo contra esta igreja foi introduzir uma mulher que se dizia profetiza, que operava com dons. Jezabel era filha do Rei do Sidônios (1 Reis 16:31) uma adoradora de Baal. O Rei Acabe se casou com esta mulher e permitiu que ela introduzisse a adoração a Baal em Israel. Ela tinha 400 profetas que comiam da sua mesa, desfrutando de status e privilégios. Muitos pensam que o Senhor sonda as roupas para qualificar alguém, segundo a aparência. Mas este é um erro terrível. A capa de religiosidade de Jezabel ronda muitas igrejas pelo mundo. Mas à igreja de Tiatira o Senhor Jesus deixa claro em Apoc 2:23 que não é bem a roupa que Ele sonda não: "E todas as igrejas saberão que eu sou aquele que sonda os rins e os corações".
sexta-feira
Sem Medo
Quando se conhece a Cristo de verdade, não se tem mais medo de nada. Não é do conheciemento teológico que estou falando, mas dum conhecimento existencial. É viver Cristo, é sentir Cristo, e esse exercício se faz na luz do evangelho, sem usar os óculos da religião pra ler a Palavra, mas lê-la com a alma, com a ajuda do Espírito Santo. Quando se lê a Bíblia com os óculos da igreja, a bíblia vira, palavra religiosa, e não palavra de Deus, pois a interpretação fica condicionada pela ótica humana, basta ver o número de igrejas com suas interpretações malucas, que vão desde a famigerada quebra de maldições até as proibições de cortar cabelo, usar barba, andar de bicicleta (moças), tomar coca-cola (deve ser gente da Pepsi), e muitas outras, sempre devidamente respaldados por versículos bíblicos descontextualizados.
Mas esquecem que a melhor forma de ver e ler a Bíblia é com os olhos de Jesus, como diz o Caio Fábio, tem-se que entender que Jesus é a chave da hermenêntica bíblica. As cartas paulinas, petrinas, joaninas e as demais, são interpretações práticas do evangelho de Jesus, com suas aplicabilidades naquela hora e lugar, com mandamentos perenes, como amar o próximo e outros de caráter local e histórico como o de que as mulheres não falassem na igreja.
Quem não entendeu isso, não entendeu nada, e muitas vezes usa a Bíblia contra a Palavra. A Bíblia é registro, mas a Palavra é Jesus. Até o diabo usou as escrituras descontextualizadas pra tentar ao Senhor Jesus, tal como fazem muitos hoje roubando a fé e a boa fé das pessoas.
Quem conhece Jesus, sem esse olhar míope da religiáo, consegue amar, cantar, dançar, beber, ajudar, curtir, abraçar, solidarizar, beijar, enfim, viver. Viver sem medo, pois o amor lança fora o medo, e Deus é amor.
Pense nisso.
Mas esquecem que a melhor forma de ver e ler a Bíblia é com os olhos de Jesus, como diz o Caio Fábio, tem-se que entender que Jesus é a chave da hermenêntica bíblica. As cartas paulinas, petrinas, joaninas e as demais, são interpretações práticas do evangelho de Jesus, com suas aplicabilidades naquela hora e lugar, com mandamentos perenes, como amar o próximo e outros de caráter local e histórico como o de que as mulheres não falassem na igreja.
Quem não entendeu isso, não entendeu nada, e muitas vezes usa a Bíblia contra a Palavra. A Bíblia é registro, mas a Palavra é Jesus. Até o diabo usou as escrituras descontextualizadas pra tentar ao Senhor Jesus, tal como fazem muitos hoje roubando a fé e a boa fé das pessoas.
Quem conhece Jesus, sem esse olhar míope da religiáo, consegue amar, cantar, dançar, beber, ajudar, curtir, abraçar, solidarizar, beijar, enfim, viver. Viver sem medo, pois o amor lança fora o medo, e Deus é amor.
Pense nisso.
segunda-feira
Legalismo na Igreja Evangelica
O LEGALISMO – Escravismo Religioso.
Legalismo é todo o sistema, regras, expectativas ou regulamentos que condiciona a salvação ao esforço humano de agradar a Deus, como uma recompensa por desempenho. O Legalismo é o meio humano de tentar através da obediência de regras de homens, ser aceito e amado por Deus, anulando a Graça misericordiosa.
A salvação é pela graça, somos obedientes porque somos salvos, e não para sermos salvos. A maioria interpreta que Jesus nos salvou, de modo geral na cruz, mas não individual, e assim a salvação individual se dá através da justiça própria, das boas obras ou de conduta moral. De modo que eu é me salvo (glória a mim! louvado seja eu!), pois Jesus só abriu a possibilidade da salvação na cruz, mas eu é que decido se vou ou não pro céu, de acordo com minhas obras. O que contraria a Palavra, que diz que é pela GRAÇA (favor imerecido), que somos salvos e ISSO NÃO VEM DE NóS MAS É DOM DE DEUS! O que quer que eu faça, trabalhe, coma, viva, ande, cante, louve, durma, é só consequência dessa graça e não a causa dela.
E aí vem a pergunta, então posso fazer tudo o que quizer e ainda sou salvo? Não! Porque a certeza da salvação nunca nos chama para a libertinagem e sim para liberdade, e essa liberdade não permite que eu me contamine, pois entendo que ‘’todas as coisas me são lícitas... mas... nem todas convém. Ou seja, a partir do momento que tenho a mente de Cristo, sei que posso e o que não posso, independente de um aio que me guie, pois sou de Cristo. Quem deseja usar a GRAÇA para libertinagem é porque não discerniu a loucura da cruz.
As igrejas geralmente criam pecados que não existem. Logo ela, que deveria combater o pecado, acaba criando mais pecados ainda! E em defesa disso se diz que embora nem tudo que a igreja proíba seja pecado, se torna por causa do “voto de obediência”, logo você peca não pelo ato praticado em si, mas por ter desobedecido a igreja que instiuiu aquilo como pecado! É a justificativa juridico-bíblica para que a instituição religiosa possa ter o poder de criar pecados. Ou seja, além dos pecados reais, escriturísticos, temos que tomar cuidado com os pecados instituídos da religião.
Geralmente os obreiros são muito preocupados com a ‘doutrina’, mas entendem doutrina, por usos e costumes. A doutrina gera bons constumes, mas os bons costumes não são doutrina. Geralmente toda a preocupação religiosa é Moral. E o que é a Moral? Muita gente associa moral com sisudez, seriedade, mas Moral é a ética da maioria! É o que uma maioria dominante institui como regra. Posto que o que numa sociedade é moral torna-se imoral em outra, e se um indivíduo quebra essa linha moral está pecando contra a maioria que instituiu a norma. Acontece que a moral não é eterna, ela muda. Os padrões da sociedade vão mudando, à tempos atrás um rapaz não poderia falar com uma moça de família sem a presença de uma terceira pessoa, era imoral. Hoje ele até sai com a namorada para onde quizer, é normal. Ou seja ninguém julgaria hoje que um rapaz fosse imoral apenas porque saiu com a namorada, mas no passado, ele deveria casar com a moça imdediatamente, pois os ditames morais tinham-se corrompido.
Deus não nos julga moralmente, mas pela sua palavra. De modo que algo pode imoral (algo que é convencionado pela maioria) e não ser pecado! Veja que contradição maravilhosa. Exemplo, Paulo proibiu a mulheres de Corinto de falar na Igreja, era imoral, posto que era algo imposto pela cultura e costumes do local. Falar na igreja não era pecado, mas era errado, posto que a cultura assim impunha. Hoje porque não seguimos a determinação de Paulo? É que a sociedade em que vivemos tem outros valores morais. Isso não é relativismo da Palavra de Deus, antes é o saber discernir o que é parte do evangelho como doutrina, e o que diz respeito apenas a algum momento particular da história e ambiente onde aquilo ocorreu.
O amor dos ‘evangélicos’ é quase sempre moral. Ou seja, vale enquanto você cumpre a cartilha de casa. Mas uma vez que você comete algo que atente contra a ‘moral’, o amor acaba. Você é escurraçado, humilhado, desligado, vira crente de segunda categoria na igreja, e muita gente que estava aos seu lado quando tudo estava bem, são os primeiros a pular fora do barco. O amor não pode ser um amor moral, e sim um amor que consegue amar a todo tempo.
Há de se pensar que poderia eu falar disso como defesa própria, não! Nunca pequei ‘moralmente’, e as pessoas em geral, mesmo as que não gostam de mim, me tem em boa conta, acham que sou articulado, que me comunico bem, que prego e sou entendido, mas não me engano, serão os primeiros a me apedrejar se eu tropeçar nalguma pedra do caminho. Porisso não dou a mínima pra elogios de ninguém, quero apenas ser esse ‘servo inútil’ do Senhor, em cuja vida, toda honra pertence ao seu senhor.
Mas, o que é pecado é pecado. Ponto final. Mas o que é pecado da religião, da denominação, é pecado hoje e daqui à cinco anos não é mais. Exemplos temos de sobra, ou quem não lembra de pessoas afastadas da igreja ou disciplinadas, por usar umbreiras, paletó lascado atrás, cabelo pra trás (vixe!), uso de rádio (é já foi pecado), sandália havaina® (vaidade!- Hoje só usa quem não pode comprar um Rider® original), televisão (caixinha do capeta), etc... a lista está longe de acabar, mas coisas que com o passar do tempo, perdem seu valor, já foram tema de infindáveis cultos de doutrina, de gente que defendia o não uso dessas coisas como quem defende o próprio Deus, e hoje tudo isso é permitido ou no mínimo, tolerado, sem problemas. O que dizer de certos rítmos que são executados nas igrejas hoje e que eram impensáveis e proibidos à dez anos atrás! E gente que largou o cajado ontem, está cantando e comprando o CD hoje!
E aí faço três perguntas:
1- Isso SEMPRE foi pecado e nós é que nos mundanizamos?
2- Isso NUNCA foi pecado, nós sabíamos disso mas proibímos por precaução?
3- Isso NUNCA foi pecado nós é que por ignorância proibímos?
Para quem responde 1, acredita que deveríamos voltar ao mundo judaizante, das proibições infantis. Para quem acha que é o 2, tenta justificar os erros do passado, mas porque na época não se abriu o jogo? Para quem responde o 3, pensa igual ao autor desse opúsculo.
O problema é que ninguém pede perdão pelo passado. Quanta gente boa foi jogada na lama e hoje está no mundo, por causa de doutrinas de homens, “como não toques, não proves e não manuseies, coisas que perecem pelo uso, que tem aparência de piedade, e de culto voluntário, mas não tem poder algum sobre os pecados da carne”, utilizando a expressão de Paulo em Colossenses. E ainda tem gente que diz: ‘ há, se foram embora é porque nunca foram daqui’, e eu pergunto: Jesus diria uma coisa dessa? Não é ele que ensina deixar as 99 ovelhas no aprisco e buscar a única perdida? Ele poderia dizer: “bem aquela ovelha se desgarrou porque não pertencia a esse aprisco, deixem-na pra lá”, mas o que ele faz? Vai buscá-la.
Agora voltando à questão inicial.
Agora sabe o que é pecado? Pecado de verdade, pecado bíblico, e que não passa nunca, e que se Jesus não voltar daqui a 1000 anos, continua sendo pecado, posto que o pecado é atemporal? Leia o livro de Gálatas.
Prostituição(sexual, doutrinária), Impureza(de mente, de atitude), Lascívia(sensualidade), Idolatria(de idolos, de cantores, do dinheiro, de si mesmo), Inimizade(com os irmãos de carne e de fé, com pais, com filhos),Porfia (contenda, em casa, no trabalho, na igreja), Ira(indignação com desejo de vingança, principalmente se pisarem no meu pé), Pelejas(Brigas por poder, seja ele político, religioso, por causa de cargos), Dissensões(não se chega a um acordo comum, discorda pessimistamente de tudo, em casa, na igreja em qualquer lugar), Emulações(quere exceder os outros, superioridade), heresias(introdução e defesas de doutrinas erradas, inclusive a inclusão de preceitos de homens vendidos como doutrina de Deus.)
Agora responda com sinceridade, o quanto disso tem em sua vida, e em sua igreja? Enquanto você se preocupa em cumprir a cartilha de normas temporais de sua igreja, a Palavra está denunciando o pecado que ‘tão perto nos rodeia”.
Portanto, ser legalista é esquecer-se do que realmente importa, e se pegar a coisas infantis e imaturas, e com isso achar que está cumprindo a ‘vontade de Deus’.
O legalismo é um dos maiores inimigos do autêntico Cristianismo.
-Você está convencido de que Deus está bravo com você e a única maneira que você pode o fazer feliz é sendo uma pessoa melhor?
- Você está convencido que sua obediencia e desempenho têm algum merito em seu salvação? Está você cansado de tentar mais duramente porque parece que se esforçar nunca é o bastante?
Saiba se você é Legalista:
Você pôde ser um legalista se....
1) Você sente que tem que suprir todas as expectativas e ganhar a aprovação de seus amigos e famíliares e irmãos da igreja.?
2) O amor de Deus depende de você, do seu esforço em agradá-lo. ?
3) Você pensa que todos seus problemas são causados por seus pecados. ?
4) Você pensa que tropeçou porque você não teve bastante fé, porque sua fé não é forte o bastante, porque você não orou bastante, ou porque você necessita ser uma pessoa melhor. ?
5) Você está convencido que Deus está predisposto a estar irritado com você, e que seu objetivo principal na vida é tentar manter Deus feliz fazendo as coisas que o impressionará. Aliás o Deus do legalista é rápido para castigar, está sempre atendo com “olhos como chama de fogo”, mas pra abençoar ele é lento, quase parando, uma demência divina.
6) Sua vida espiritual é definida e determinada por um líder autoritário, com ações quase policiais da sua vida, uma igreja controladora, e é a esse que você procura agradar, pois por tabela agradando a ele está agradando a Deus.?
7) Você diz a suas crianças para não fazer algo na igreja ou em torno das famílias da igreja, algo que você permite em seu lar.?
8) Você acredita que você é um membro da unica igreja verdadeira e que todos cristãos restantes são sinceros, mas sinceramente errados e iludidos?
9) Você pensa que o caráter de uma pessoa pode ser determinado por sua roupa, corte de cabelo, pircing ou tatuagem.?
10) Você preocupa-se que as pessoas poderão tomar vantagem da graça se pregada "demasiada" - e então as pessoas podem fazer qualquer coisa que querem, e essa liberdade é a seu ver pecaminosa. Então deve-se restringir o máximo a liberdade das pessoas como modo preventivo contra o pecado, de modo que, vira pecado até o que não é pecado, para que não se peque o pecado-pecado?
11) Você se sente culpado se você não atender a cada serviço e atividade de sua igreja, acha que se não bateu o ponto na obra está em falta com Deus?
12) Você acha que liberdade de fazer as coisas que se gosta é sinônimo de libertinagem. E quanto mais rígida for a doutrina (entenda-se doutrina como os regulamentos da entidade), melhor para a alma, um tipo de ascetismo cristão?
13) Você tem opiniões diferentes dos de sua denominação em vários temas mas não se manifesta contra, por medo de represálias. Mesmo que veja alguém injustiçado em função de algo que a igreja defende e que você repudia, você não questiona e permite que seu irmão sofra as penalidades impostas, para não perder seus ‘privilégios eclesiais?
14) Você dá valor ao feio, ao desajeitado, ao pobre, porque isso é sinônimo de santidade, logo se alguém tem um cabelo desgrenhado, mal tratado, não alinhado, é porque é mulher de Deus, ou se a mulher usa uma roupa típicamente medieval, ela é santa, embora você não quizesse uma dessa pra ser sua esposa?
15) Você acha que todas as regras de sua instituição religiosa, são as únicas suficientes pra salvar o mundo?
16) Ao fazer algo “proibido” você procura se certificar que não tenha ninguém da igreja por perto a fim de não lhe dedurar, de modo que não importa que Deus veja, pois ele entende, mas importa é não ser flagrado pelo homem?
Então...
Você é um Legalista.!!!
Ainda é tempo pra se converter ao Evangelho da Graça. Que não gera libertinagem, mas uma consciência madura em Cristo.
Agora leiam uma historinha pra ilustrar o que é isso:
Historinha:Um casal fundamentalista "moderno", preparando o casamento religioso, visita um Mullah buscando aconselhamento. Este pergunta se eles têm mais alguma dúvida, antes de irem. O homem pergunta: - Nós sabemos que é uma tradição na nossa crença os homens dançarem com homens e mulheres dançarem com mulheres. Mas em nossa festa de casamento, nós gostaríamos de sua permissão para que todos dancem juntos. - Absolutamente, não! - diz o Mullah - É imoral. Homens e mulheres sempre dançam separados—concluiu.- Então após a cerimônia eu não posso dançar nem com minha própria esposa ? - Não - respondeu o Mullah - É proibido! - Está bem - diz o homem - E que tal sexo? Podemos finalmente fazer sexo? - É claro! - responde o Mullah - Alá é Grande! Sexo é bom dentro do casamento, para ter filhos! - E quanto a posições diferentes? - pergunta o homem. - Sem problemas! - diz o Mullah. - Mulher por cima ? - o homem pergunta. - Claro! - diz o Mullah - Pode fazer! - Na sala? - Claro! Alá é Grande! - Na mesa da cozinha ? - Sim, sim! Alá é Grande! - Posso fazê-lo, então, com todas minhas quatro esposas juntas, em colchões de borracha, com uma garrafa de óleo quente, alguns vibradores, chantilly, acessórios de couro, um pote de mel e videos pornográficos ? - Você pode, é claro! - Podemos fazer de pé? - Não!!!! De jeito nenhum !!!! - diz o Mullah, indignado. - E Porque não ? - pergunta o homem.- Porque vocês poderiam se entusiasmar e acabar dançando!
Resumo: O problema é não dançar!!!!!!
Coisa de Fariseu. Coam mosquitos e engolem camelos.
Nele, que nos mandou falar a verdade, porque a verdade nos libertaria,
Moisés Almeida.
Legalismo é todo o sistema, regras, expectativas ou regulamentos que condiciona a salvação ao esforço humano de agradar a Deus, como uma recompensa por desempenho. O Legalismo é o meio humano de tentar através da obediência de regras de homens, ser aceito e amado por Deus, anulando a Graça misericordiosa.
A salvação é pela graça, somos obedientes porque somos salvos, e não para sermos salvos. A maioria interpreta que Jesus nos salvou, de modo geral na cruz, mas não individual, e assim a salvação individual se dá através da justiça própria, das boas obras ou de conduta moral. De modo que eu é me salvo (glória a mim! louvado seja eu!), pois Jesus só abriu a possibilidade da salvação na cruz, mas eu é que decido se vou ou não pro céu, de acordo com minhas obras. O que contraria a Palavra, que diz que é pela GRAÇA (favor imerecido), que somos salvos e ISSO NÃO VEM DE NóS MAS É DOM DE DEUS! O que quer que eu faça, trabalhe, coma, viva, ande, cante, louve, durma, é só consequência dessa graça e não a causa dela.
E aí vem a pergunta, então posso fazer tudo o que quizer e ainda sou salvo? Não! Porque a certeza da salvação nunca nos chama para a libertinagem e sim para liberdade, e essa liberdade não permite que eu me contamine, pois entendo que ‘’todas as coisas me são lícitas... mas... nem todas convém. Ou seja, a partir do momento que tenho a mente de Cristo, sei que posso e o que não posso, independente de um aio que me guie, pois sou de Cristo. Quem deseja usar a GRAÇA para libertinagem é porque não discerniu a loucura da cruz.
As igrejas geralmente criam pecados que não existem. Logo ela, que deveria combater o pecado, acaba criando mais pecados ainda! E em defesa disso se diz que embora nem tudo que a igreja proíba seja pecado, se torna por causa do “voto de obediência”, logo você peca não pelo ato praticado em si, mas por ter desobedecido a igreja que instiuiu aquilo como pecado! É a justificativa juridico-bíblica para que a instituição religiosa possa ter o poder de criar pecados. Ou seja, além dos pecados reais, escriturísticos, temos que tomar cuidado com os pecados instituídos da religião.
Geralmente os obreiros são muito preocupados com a ‘doutrina’, mas entendem doutrina, por usos e costumes. A doutrina gera bons constumes, mas os bons costumes não são doutrina. Geralmente toda a preocupação religiosa é Moral. E o que é a Moral? Muita gente associa moral com sisudez, seriedade, mas Moral é a ética da maioria! É o que uma maioria dominante institui como regra. Posto que o que numa sociedade é moral torna-se imoral em outra, e se um indivíduo quebra essa linha moral está pecando contra a maioria que instituiu a norma. Acontece que a moral não é eterna, ela muda. Os padrões da sociedade vão mudando, à tempos atrás um rapaz não poderia falar com uma moça de família sem a presença de uma terceira pessoa, era imoral. Hoje ele até sai com a namorada para onde quizer, é normal. Ou seja ninguém julgaria hoje que um rapaz fosse imoral apenas porque saiu com a namorada, mas no passado, ele deveria casar com a moça imdediatamente, pois os ditames morais tinham-se corrompido.
Deus não nos julga moralmente, mas pela sua palavra. De modo que algo pode imoral (algo que é convencionado pela maioria) e não ser pecado! Veja que contradição maravilhosa. Exemplo, Paulo proibiu a mulheres de Corinto de falar na Igreja, era imoral, posto que era algo imposto pela cultura e costumes do local. Falar na igreja não era pecado, mas era errado, posto que a cultura assim impunha. Hoje porque não seguimos a determinação de Paulo? É que a sociedade em que vivemos tem outros valores morais. Isso não é relativismo da Palavra de Deus, antes é o saber discernir o que é parte do evangelho como doutrina, e o que diz respeito apenas a algum momento particular da história e ambiente onde aquilo ocorreu.
O amor dos ‘evangélicos’ é quase sempre moral. Ou seja, vale enquanto você cumpre a cartilha de casa. Mas uma vez que você comete algo que atente contra a ‘moral’, o amor acaba. Você é escurraçado, humilhado, desligado, vira crente de segunda categoria na igreja, e muita gente que estava aos seu lado quando tudo estava bem, são os primeiros a pular fora do barco. O amor não pode ser um amor moral, e sim um amor que consegue amar a todo tempo.
Há de se pensar que poderia eu falar disso como defesa própria, não! Nunca pequei ‘moralmente’, e as pessoas em geral, mesmo as que não gostam de mim, me tem em boa conta, acham que sou articulado, que me comunico bem, que prego e sou entendido, mas não me engano, serão os primeiros a me apedrejar se eu tropeçar nalguma pedra do caminho. Porisso não dou a mínima pra elogios de ninguém, quero apenas ser esse ‘servo inútil’ do Senhor, em cuja vida, toda honra pertence ao seu senhor.
Mas, o que é pecado é pecado. Ponto final. Mas o que é pecado da religião, da denominação, é pecado hoje e daqui à cinco anos não é mais. Exemplos temos de sobra, ou quem não lembra de pessoas afastadas da igreja ou disciplinadas, por usar umbreiras, paletó lascado atrás, cabelo pra trás (vixe!), uso de rádio (é já foi pecado), sandália havaina® (vaidade!- Hoje só usa quem não pode comprar um Rider® original), televisão (caixinha do capeta), etc... a lista está longe de acabar, mas coisas que com o passar do tempo, perdem seu valor, já foram tema de infindáveis cultos de doutrina, de gente que defendia o não uso dessas coisas como quem defende o próprio Deus, e hoje tudo isso é permitido ou no mínimo, tolerado, sem problemas. O que dizer de certos rítmos que são executados nas igrejas hoje e que eram impensáveis e proibidos à dez anos atrás! E gente que largou o cajado ontem, está cantando e comprando o CD hoje!
E aí faço três perguntas:
1- Isso SEMPRE foi pecado e nós é que nos mundanizamos?
2- Isso NUNCA foi pecado, nós sabíamos disso mas proibímos por precaução?
3- Isso NUNCA foi pecado nós é que por ignorância proibímos?
Para quem responde 1, acredita que deveríamos voltar ao mundo judaizante, das proibições infantis. Para quem acha que é o 2, tenta justificar os erros do passado, mas porque na época não se abriu o jogo? Para quem responde o 3, pensa igual ao autor desse opúsculo.
O problema é que ninguém pede perdão pelo passado. Quanta gente boa foi jogada na lama e hoje está no mundo, por causa de doutrinas de homens, “como não toques, não proves e não manuseies, coisas que perecem pelo uso, que tem aparência de piedade, e de culto voluntário, mas não tem poder algum sobre os pecados da carne”, utilizando a expressão de Paulo em Colossenses. E ainda tem gente que diz: ‘ há, se foram embora é porque nunca foram daqui’, e eu pergunto: Jesus diria uma coisa dessa? Não é ele que ensina deixar as 99 ovelhas no aprisco e buscar a única perdida? Ele poderia dizer: “bem aquela ovelha se desgarrou porque não pertencia a esse aprisco, deixem-na pra lá”, mas o que ele faz? Vai buscá-la.
Agora voltando à questão inicial.
Agora sabe o que é pecado? Pecado de verdade, pecado bíblico, e que não passa nunca, e que se Jesus não voltar daqui a 1000 anos, continua sendo pecado, posto que o pecado é atemporal? Leia o livro de Gálatas.
Prostituição(sexual, doutrinária), Impureza(de mente, de atitude), Lascívia(sensualidade), Idolatria(de idolos, de cantores, do dinheiro, de si mesmo), Inimizade(com os irmãos de carne e de fé, com pais, com filhos),Porfia (contenda, em casa, no trabalho, na igreja), Ira(indignação com desejo de vingança, principalmente se pisarem no meu pé), Pelejas(Brigas por poder, seja ele político, religioso, por causa de cargos), Dissensões(não se chega a um acordo comum, discorda pessimistamente de tudo, em casa, na igreja em qualquer lugar), Emulações(quere exceder os outros, superioridade), heresias(introdução e defesas de doutrinas erradas, inclusive a inclusão de preceitos de homens vendidos como doutrina de Deus.)
Agora responda com sinceridade, o quanto disso tem em sua vida, e em sua igreja? Enquanto você se preocupa em cumprir a cartilha de normas temporais de sua igreja, a Palavra está denunciando o pecado que ‘tão perto nos rodeia”.
Portanto, ser legalista é esquecer-se do que realmente importa, e se pegar a coisas infantis e imaturas, e com isso achar que está cumprindo a ‘vontade de Deus’.
O legalismo é um dos maiores inimigos do autêntico Cristianismo.
-Você está convencido de que Deus está bravo com você e a única maneira que você pode o fazer feliz é sendo uma pessoa melhor?
- Você está convencido que sua obediencia e desempenho têm algum merito em seu salvação? Está você cansado de tentar mais duramente porque parece que se esforçar nunca é o bastante?
Saiba se você é Legalista:
Você pôde ser um legalista se....
1) Você sente que tem que suprir todas as expectativas e ganhar a aprovação de seus amigos e famíliares e irmãos da igreja.?
2) O amor de Deus depende de você, do seu esforço em agradá-lo. ?
3) Você pensa que todos seus problemas são causados por seus pecados. ?
4) Você pensa que tropeçou porque você não teve bastante fé, porque sua fé não é forte o bastante, porque você não orou bastante, ou porque você necessita ser uma pessoa melhor. ?
5) Você está convencido que Deus está predisposto a estar irritado com você, e que seu objetivo principal na vida é tentar manter Deus feliz fazendo as coisas que o impressionará. Aliás o Deus do legalista é rápido para castigar, está sempre atendo com “olhos como chama de fogo”, mas pra abençoar ele é lento, quase parando, uma demência divina.
6) Sua vida espiritual é definida e determinada por um líder autoritário, com ações quase policiais da sua vida, uma igreja controladora, e é a esse que você procura agradar, pois por tabela agradando a ele está agradando a Deus.?
7) Você diz a suas crianças para não fazer algo na igreja ou em torno das famílias da igreja, algo que você permite em seu lar.?
8) Você acredita que você é um membro da unica igreja verdadeira e que todos cristãos restantes são sinceros, mas sinceramente errados e iludidos?
9) Você pensa que o caráter de uma pessoa pode ser determinado por sua roupa, corte de cabelo, pircing ou tatuagem.?
10) Você preocupa-se que as pessoas poderão tomar vantagem da graça se pregada "demasiada" - e então as pessoas podem fazer qualquer coisa que querem, e essa liberdade é a seu ver pecaminosa. Então deve-se restringir o máximo a liberdade das pessoas como modo preventivo contra o pecado, de modo que, vira pecado até o que não é pecado, para que não se peque o pecado-pecado?
11) Você se sente culpado se você não atender a cada serviço e atividade de sua igreja, acha que se não bateu o ponto na obra está em falta com Deus?
12) Você acha que liberdade de fazer as coisas que se gosta é sinônimo de libertinagem. E quanto mais rígida for a doutrina (entenda-se doutrina como os regulamentos da entidade), melhor para a alma, um tipo de ascetismo cristão?
13) Você tem opiniões diferentes dos de sua denominação em vários temas mas não se manifesta contra, por medo de represálias. Mesmo que veja alguém injustiçado em função de algo que a igreja defende e que você repudia, você não questiona e permite que seu irmão sofra as penalidades impostas, para não perder seus ‘privilégios eclesiais?
14) Você dá valor ao feio, ao desajeitado, ao pobre, porque isso é sinônimo de santidade, logo se alguém tem um cabelo desgrenhado, mal tratado, não alinhado, é porque é mulher de Deus, ou se a mulher usa uma roupa típicamente medieval, ela é santa, embora você não quizesse uma dessa pra ser sua esposa?
15) Você acha que todas as regras de sua instituição religiosa, são as únicas suficientes pra salvar o mundo?
16) Ao fazer algo “proibido” você procura se certificar que não tenha ninguém da igreja por perto a fim de não lhe dedurar, de modo que não importa que Deus veja, pois ele entende, mas importa é não ser flagrado pelo homem?
Então...
Você é um Legalista.!!!
Ainda é tempo pra se converter ao Evangelho da Graça. Que não gera libertinagem, mas uma consciência madura em Cristo.
Agora leiam uma historinha pra ilustrar o que é isso:
Historinha:Um casal fundamentalista "moderno", preparando o casamento religioso, visita um Mullah buscando aconselhamento. Este pergunta se eles têm mais alguma dúvida, antes de irem. O homem pergunta: - Nós sabemos que é uma tradição na nossa crença os homens dançarem com homens e mulheres dançarem com mulheres. Mas em nossa festa de casamento, nós gostaríamos de sua permissão para que todos dancem juntos. - Absolutamente, não! - diz o Mullah - É imoral. Homens e mulheres sempre dançam separados—concluiu.- Então após a cerimônia eu não posso dançar nem com minha própria esposa ? - Não - respondeu o Mullah - É proibido! - Está bem - diz o homem - E que tal sexo? Podemos finalmente fazer sexo? - É claro! - responde o Mullah - Alá é Grande! Sexo é bom dentro do casamento, para ter filhos! - E quanto a posições diferentes? - pergunta o homem. - Sem problemas! - diz o Mullah. - Mulher por cima ? - o homem pergunta. - Claro! - diz o Mullah - Pode fazer! - Na sala? - Claro! Alá é Grande! - Na mesa da cozinha ? - Sim, sim! Alá é Grande! - Posso fazê-lo, então, com todas minhas quatro esposas juntas, em colchões de borracha, com uma garrafa de óleo quente, alguns vibradores, chantilly, acessórios de couro, um pote de mel e videos pornográficos ? - Você pode, é claro! - Podemos fazer de pé? - Não!!!! De jeito nenhum !!!! - diz o Mullah, indignado. - E Porque não ? - pergunta o homem.- Porque vocês poderiam se entusiasmar e acabar dançando!
Resumo: O problema é não dançar!!!!!!
Coisa de Fariseu. Coam mosquitos e engolem camelos.
Nele, que nos mandou falar a verdade, porque a verdade nos libertaria,
Moisés Almeida.
Texto do Jabor
A PEDOFILIA NA IGREJA É CONSEQUÊNCIA DO CELIBATOOs votos de castidade enlouquecem os sacerdotes católicos. ARNALDO JABOR
No velho colégio de padres onde estudei, a entrada dos alunos já era um desfile de velada pedofilia. O padre reitor - ahh...tempos antigos de batinas negras, rosários nas mãos, panos roxos nos ombros, tristeza infinita nas clausuras - postava-se imóvel, na porta do colégio, numa pose paternal e severa, com os braços erguidos e as mãos oferecidas para os alunos que chegavam. Passavam por ele duas filas de dezenas de meninos, beijando servilmente suas mãos abençoadas. Havia algo de veadagem naquilo, aquela negra batina imóvel, divina, como um manequim, as mãos beijadas com chilreios e devoção por mais de quinhentos meninos de calças curtas. Eu ainda me lembro do vago cheiro de sabonete e cuspe no dorso cabeludo damão do padre. Centenas de meninos de pernas nuas eram pastoreados por tristes noviços e "irmãos leigos". Só se pensava em sexo naquele colégio. Eu via as mães dos alunos, lindas, com seus penteados e decotes imitando a JaneRussel ou Ava Gardner, fazendo charme para os padres na força de seus verdes anos, enlouquecidos pela castidade obrigatória. E eu me perguntava: "Meu Deus...por que padre não pode casar?" Lembro-me do tremor dos jovens padres, excitados pelas madames pintadíssimas, indo se trancar em negras clausuras, entregues ao "vício solitário", indo depois bater no peito e chorar sua culpa diante das imagens silenciosas.E esses mesmos padres nos diziam: "Cada vez que você se masturba, morrem milhões de pessoas que iam nascer. É um genocídio!". E nós, além do pecado, sofríamos a vergonha de ser pequenos "hitlers" de banheiro. Eu pensava: "Por que tanta onda sobre nossos pobres pintinhos, por que essa energia que sinto em minha carne é feia, criminosa?" Vivíamos ajoelhados em confessionários, ouvindo envergonhados a voz e o hálito do triste sacerdote nos sentenciando a dezenas de "ave-marias" e "padre-nossos".Tudo era sexo no colégio; essa palavra terrível estava em toda parte, como uma ameaça vermelha; o diabo nos espreitava até detrás das estátuas de Santa Tereza em êxtase, nas coxas dos anjinhos nus, nos seios fervorosos das beatas acendendo velas.A pedofilia na igreja é consequência direta do celibato. É óbvio que se a força máxima da vida é esmagada, a igreja vira uma máquina de perversões.Claro. E de homosexualismo, visível em qualquer internato religioso. Outro dia, o Contardo Calligaris escreveu com precisão que a pedofilia não está só na carne do jovem assediado; a pedofilia é mais geral, abstrata, no prazer do domínio sobre os mais fracos, na pedagogia infantilizante das jovens "ovelhas" - como nos chamam os pastores de Deus - imoladas em suainocência.Eu vi o diabo naquele colégio: rostos angustiados, berros severos e excessivos nas aulas, castigos sádicos, perseguições a uns e carinhos protetores a outros.Eu mesmo fui assediado por um padre famoso (que muitos colegas meus da época se lembram) que era notório comedor de menininhos; ele fazia mágicas e teatrinhos, para ser popular entre os meninos e, um dia, tentou me beijar num canto da clausura. Criado na malandragem das ruas, fugi em pânico. E falei disso em confissão com outro padre, que mudou de assunto, como se fosse uma impressão minha, como se a pedofilia fosse uma prática necessária à manutenção do celibato, exatamente como os cardeais americanos estão fazendo hoje. O problema da igreja com o sexo leva-a a uma compreensão quebrada da vida, leva-a a aceitar a Aids, a condenar o aborto, o controle social da natalidade e a outros erros maiores - superestruturas desta falência originária, desse vazio fundamental.Lembro-me da descrição da eternidade no inferno, onde queimaríamos para sempre, sob o garfo dos diabos, condenados por uma reles punhetinha: "Imaginem que o planeta seja um grande diamante, o metal mais duro do universo. De cem em cem anos, um passarinho vem voando e dá uma bicadinha na Terra. O dia em que toda a Terra for esfarinhada pelas bicadinhas, esse é a duração da eternidade" . E eu sofria, me esvaindo nos banheiros, pensando naquele passarinho que bicava o mundo, enquanto eu acariciava o outro medroso passarinho se preparando para uma vida de traumas e medos.O prazer era um crime. A partir daí, tudo ficava poluído, manchado de culpa; a alegria virava falta de seriedade, a liberdade era um erro, as meninas eram seres inatingíveis com seus peitinhos e bundinhas. Até hoje, vivo dividido entre as santas e as "impuras"; quantas dores senti na vida pelo cultivo destes ensinamentos, que transformava as mulheres em perigos horrendos, "Liliths" demoníacas, tão ameaçadoras quanto o imenso desejo que tinhamos por elas. A mulher, como Eva, era a origem de todos os males.Delas saía a vida e a morte, delas saía o prazer pecaminoso, o mal do mundo.Esta base criminal gera desde a "burka" até o "striptease", numa antítese simétrica.Hoje piorou. O mundo virou uma incessante paisagem de bundas e seios nus, de pornografia na publicidade, que nos espreita no trânsito, nas ruas, na TV. Já imaginaram esses padres vendo a Feiticeira e a Tiazinha, de terço na mão, trancados em escuras celas, sob o voto de castidade? Essa é a minha idéia de inferno.Uma das grandes desvantagens da igreja católica diante de outras religiões é o celibato. Daí, em cascata, surgem problemas que justificam a queda do prestígio da igreja na era do espetáculo e da desconstrução de certezas.Rabinos casam, pastores protestantes casam. Budistas "do it", xintoistas "do it", indis "do it', mesmo muçulmanos "do it". "Let's do it", pobres padres trêmulos de desejo, no meu remoto passado jesuíta e no presente do sexo massificado.
No velho colégio de padres onde estudei, a entrada dos alunos já era um desfile de velada pedofilia. O padre reitor - ahh...tempos antigos de batinas negras, rosários nas mãos, panos roxos nos ombros, tristeza infinita nas clausuras - postava-se imóvel, na porta do colégio, numa pose paternal e severa, com os braços erguidos e as mãos oferecidas para os alunos que chegavam. Passavam por ele duas filas de dezenas de meninos, beijando servilmente suas mãos abençoadas. Havia algo de veadagem naquilo, aquela negra batina imóvel, divina, como um manequim, as mãos beijadas com chilreios e devoção por mais de quinhentos meninos de calças curtas. Eu ainda me lembro do vago cheiro de sabonete e cuspe no dorso cabeludo damão do padre. Centenas de meninos de pernas nuas eram pastoreados por tristes noviços e "irmãos leigos". Só se pensava em sexo naquele colégio. Eu via as mães dos alunos, lindas, com seus penteados e decotes imitando a JaneRussel ou Ava Gardner, fazendo charme para os padres na força de seus verdes anos, enlouquecidos pela castidade obrigatória. E eu me perguntava: "Meu Deus...por que padre não pode casar?" Lembro-me do tremor dos jovens padres, excitados pelas madames pintadíssimas, indo se trancar em negras clausuras, entregues ao "vício solitário", indo depois bater no peito e chorar sua culpa diante das imagens silenciosas.E esses mesmos padres nos diziam: "Cada vez que você se masturba, morrem milhões de pessoas que iam nascer. É um genocídio!". E nós, além do pecado, sofríamos a vergonha de ser pequenos "hitlers" de banheiro. Eu pensava: "Por que tanta onda sobre nossos pobres pintinhos, por que essa energia que sinto em minha carne é feia, criminosa?" Vivíamos ajoelhados em confessionários, ouvindo envergonhados a voz e o hálito do triste sacerdote nos sentenciando a dezenas de "ave-marias" e "padre-nossos".Tudo era sexo no colégio; essa palavra terrível estava em toda parte, como uma ameaça vermelha; o diabo nos espreitava até detrás das estátuas de Santa Tereza em êxtase, nas coxas dos anjinhos nus, nos seios fervorosos das beatas acendendo velas.A pedofilia na igreja é consequência direta do celibato. É óbvio que se a força máxima da vida é esmagada, a igreja vira uma máquina de perversões.Claro. E de homosexualismo, visível em qualquer internato religioso. Outro dia, o Contardo Calligaris escreveu com precisão que a pedofilia não está só na carne do jovem assediado; a pedofilia é mais geral, abstrata, no prazer do domínio sobre os mais fracos, na pedagogia infantilizante das jovens "ovelhas" - como nos chamam os pastores de Deus - imoladas em suainocência.Eu vi o diabo naquele colégio: rostos angustiados, berros severos e excessivos nas aulas, castigos sádicos, perseguições a uns e carinhos protetores a outros.Eu mesmo fui assediado por um padre famoso (que muitos colegas meus da época se lembram) que era notório comedor de menininhos; ele fazia mágicas e teatrinhos, para ser popular entre os meninos e, um dia, tentou me beijar num canto da clausura. Criado na malandragem das ruas, fugi em pânico. E falei disso em confissão com outro padre, que mudou de assunto, como se fosse uma impressão minha, como se a pedofilia fosse uma prática necessária à manutenção do celibato, exatamente como os cardeais americanos estão fazendo hoje. O problema da igreja com o sexo leva-a a uma compreensão quebrada da vida, leva-a a aceitar a Aids, a condenar o aborto, o controle social da natalidade e a outros erros maiores - superestruturas desta falência originária, desse vazio fundamental.Lembro-me da descrição da eternidade no inferno, onde queimaríamos para sempre, sob o garfo dos diabos, condenados por uma reles punhetinha: "Imaginem que o planeta seja um grande diamante, o metal mais duro do universo. De cem em cem anos, um passarinho vem voando e dá uma bicadinha na Terra. O dia em que toda a Terra for esfarinhada pelas bicadinhas, esse é a duração da eternidade" . E eu sofria, me esvaindo nos banheiros, pensando naquele passarinho que bicava o mundo, enquanto eu acariciava o outro medroso passarinho se preparando para uma vida de traumas e medos.O prazer era um crime. A partir daí, tudo ficava poluído, manchado de culpa; a alegria virava falta de seriedade, a liberdade era um erro, as meninas eram seres inatingíveis com seus peitinhos e bundinhas. Até hoje, vivo dividido entre as santas e as "impuras"; quantas dores senti na vida pelo cultivo destes ensinamentos, que transformava as mulheres em perigos horrendos, "Liliths" demoníacas, tão ameaçadoras quanto o imenso desejo que tinhamos por elas. A mulher, como Eva, era a origem de todos os males.Delas saía a vida e a morte, delas saía o prazer pecaminoso, o mal do mundo.Esta base criminal gera desde a "burka" até o "striptease", numa antítese simétrica.Hoje piorou. O mundo virou uma incessante paisagem de bundas e seios nus, de pornografia na publicidade, que nos espreita no trânsito, nas ruas, na TV. Já imaginaram esses padres vendo a Feiticeira e a Tiazinha, de terço na mão, trancados em escuras celas, sob o voto de castidade? Essa é a minha idéia de inferno.Uma das grandes desvantagens da igreja católica diante de outras religiões é o celibato. Daí, em cascata, surgem problemas que justificam a queda do prestígio da igreja na era do espetáculo e da desconstrução de certezas.Rabinos casam, pastores protestantes casam. Budistas "do it", xintoistas "do it", indis "do it', mesmo muçulmanos "do it". "Let's do it", pobres padres trêmulos de desejo, no meu remoto passado jesuíta e no presente do sexo massificado.
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